José Eduardo Cardozo é nome em alta para a vaga de Joaquim Barbosa no STF

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2014 11h40

Reinaldo, então existe um nome em alta para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no STF?

Existe sim, infelizmente. Temei, Supremo. Está em alta o nome de José Eduardo Cardozo, hoje ministro da Justiça, para a vaga aberta no Supremo com a saída iminente do ministro Joaquim Barbosa – na verdade, essa pode ser a consequência mais nefasta de sua aposentadoria precoce.

Dilma tem uma certa gratidão por ele. Durante a campanha, havia três assessores próximos que ela apelidou, carinhosamente, de seus “Três Porquinhos”. Um dos “Porquinhos” era justamente Cardozo. Os outros dois eram Antonio Palocci e José Eduardo Dutra. O ex-ministro está hoje na iniciativa privada e segue como um dos homens mais próximos de Lula. Dutra é diretor Corporativo da Petrobras. Cardozo está no Ministério da Justiça, mas Dilma não esconde dos mais íntimos que o considera incompetente. Então alimenta a ideia de lhe arrumar um emprego no Supremo. Imaginem. Ele teria 15 anos para ficar no tribunal.

Durante um tempo, Cardozo confundiu algumas cabecinhas. Chegou a anunciar que se afastaria da política, desiludido com a falta de idealismo e coisa e tal. Mas logo recobrou a vontade. No Ministério da Justiça, comporta-se como militante petista. Como militante petista, pretende posar de ministro da Justiça. A sua omissão na área de segurança pública tem sido escandalosa.

Já observei aqui e lembro outra vez. No próximo mandato presidencial, serão nomeados cinco ministros: no ano que vem, o substituto de Celso de Mello (caso ele não se aposente antes); em 2016, o de Marco Aurélio, e, em 2018, os de Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber.

Só para registro: caso o PT vença a eleição presidencial deste ano, a partir de 2016, Gilmar Mendes será o único ministro não indicado por petistas no Tribunal.

A corte suprema de um país não pode ser a seção de um partido ou uma extensão de um grupo ideológico, a exemplo do que acontece hoje em protoditaduras como a Venezuela, a Bolívia, o Equador ou a Nicarágua. O resultado é sempre desastroso.

 

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