Jovem Pan
Publicidade

Marina se comporta como cabo eleitoral do PT

Reinaldo, por que você diz que Marina Silva se comportou como cabo eleitoral do PT?

Publicidade
Publicidade

Vou explicar. Olá internautas e amigos da Jovem Pan.

Não há coisa mais cretina do que a soberba, e pior quando parte de alguém que faz uma espécie de profissão de fé na humildade e que a exerce com tal voracidade que chega a ser concupiscente. Eis Marina Silva, candidata à vice na chapa de Eduardo Campos e também líder da Rede, o partido inexistente mais arrogante do ocidente.

Marina concede uma entrevista à Folha que está na edição desta quinta, e lá está o título da página: “PSDB de Aécio tem o cheiro da derrota no segundo turno”. Não é um exagero nem uma simplificação, ela realmente disse isso.

Em que medida é um movimento combinado com Campos? Não se sabe, quando se trata de Marina nunca se sabe. Parece-me no entanto que desta feita ela pode estar obedecendo a uma estratégia conjunta, a tal lógica da diferenciação.

Só para esclarecer, por que falo em soberba? Em primeiro lugar, porque não me parece que seja a hora de dois candidatos de oposição resolverem se enfrentar. Há cinco meses inteiros até a eleição. Nas condições atuais, Dilma venceria no primeiro turno.

Basta pensar: “E se Aécio Neves responde na mesma moeda, acontece o quê?”. Os petistas aplaudirão o bate-boca de pé. Essa tontice de Marina tem um “Q” de desonestidade intelectual e política porque parte da certeza de que aquele que foi atacado não via responder. E acho, se querem saber, que não deve mesmo.

Em segundo lugar, Marina é soberba porque parte do princípio de que ninguém ocupa sua altitude moral. E ela pode então ser juíza do processo político e sair por aí a julgar os vivos e os mortos. Tenham paciência.

A Folha publica um texto sobre a entrevista e há endereço para um vídeo, não assisti. Mas suponha que se Marina tivesse dito algo de relevante, além do ataque à outra candidatura de oposição, o jornal teria aproveitado um texto de mais de cinco mil toques. Se não está ali é porque não há.

Segundo Marina, Eduardo Campos é diferente de Aécio Neves. É certo que sim, em que? Ela exemplifica: “Ambos divergem sobre a maioridade penal”. Pois é, isso nem chega a ser exatamente verdadeiro, a proposta do PSDB mantém a dita cuja em 18 anos, mas abre a possibilidade de a Justiça considerar exceções no caso de crimes hediondos. E pronto, aí está a diferença.

Assim, segundo fiquei sabendo em São Paulo, a chefe da Rede tende a apoiar o radicalíssimo Psol, que vai ter como candidato Vladimir Safatli. Aí estão as suas afinidades, é mesmo uma pessoa diferenciada.

A Folha informa que antes da entrevista ela passou beterraba nos lábios porque tem alergia a batom. O mundo é estranho, eu sou alérgico a gergelim. E ela também nega que tenha falado diretamente com Deus, como andou espalhando o presidente Lula. O Altíssimo, parece, teria se manifestado diretamente no seu coração, segundo ela disse.

Não deixa de ser um privilégio, não é mesmo? De que só desfrutam os muito humildes,  como Marina Silva.

Publicidade
Publicidade