Mundo alerta para risco de longo “day after” do impeachment

A marcha do impeachment de Dilma Rousseff acelera e como será que o mundo acompanha a contagem regressiva para este domingo? Existe é claro o foco imediato na matemática, mas no geral é dado como altamente provável que a presidente seja alvo de uma humilhação histórica na Câmara dos Deputados.
E existe o foco mais amplo. E o day after? A revista The Economist alerta sobre o risco de um longo day after, talvez por semanas, graças às diatribes de Renan Calheiros, presidente do Senado, para enrolar os trâmites na sua casa.
A enrolação, ou na palavra mais chique da Economist, procrastinação, pode criar um limbo perigoso para o Brasil….Dilma na prática não mais governa e o vice Michel Temer ainda não assume no papel.
Ademais nos alertas em todas as partes, dentro e fora do Brasil, a tropa de choque do lulopetismo, pode aprontar bastante, fazendo o possível para impedir qualquer governabilidade de Temer, especialmente colocando nas ruas e nas estradas mlitantes do Movimento Sem Terra e da CUT.
Assim, este clima de sabotagem é mau presságio para a mais urgente tarefa de Temer: a aprovação de reformas com a meta de arrancar o Brasil de sua pior recessão desde os anos 30. A influente consultoria de risco Eurasia não coloca muita fé no que vem adiante do impeachment e aqui ela se refere à remoção definitiva de Dilma. Para a Eurasia, a lua de mel de Temer será curta e muito longa e penosa a trajetória para a aprovação de reformas estruturais.
Não é à toa que uma manchete na sexta-feira do Financial Times era o Brasil aguarda o impeachment de Dilma com um misto de medo e esperança. O jornal observa que será um sufoco aprovar reformas no Congresso e quando não é?
No diagnóstico geral no exterior, que reflete o brasileiro, Temer não desfruta de apoio popular e na ausência dos inimigos comuns Dilma e o fantasma Lula, será mais árduo manter a frente ampla armada para combater o velho regime.
Sem contar é claro que continua pairando o fantasma da Operação Lava Jato sobre políticos que já foram contra o impeachment e agora são a favor do novo aparato de poder que se forja no Brasil.
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