O recado das urnas foi claro: estamos cansados da velha política
Parece que a sociedade brasileira assistiu ao desmoronamento daquilo que pode ser considerado a maior mentira da história política deste país. E da desesperança.
O slogan era a ética na política, que lutava contra a economia de mercado, propriedade privada, controle da imprensa, dos chamados “meios sociais de comunicação”
Um eufemismo geral porque, na verdade, o que houve foi uma sociedade destinada a determinadas grandes empresas do País.
Houve uma divisão da dinheirama toda dos cofres públicos para justificar a entrega de dinheiro ao projeto de poder
Desde que Roberto Jefferson falou do mensalão, a compra de mentalidades do parlamento com o pagamento mensal, já se imaginava que esse eufemismo era monstruoso.
Justificava-se a propina e a corrupção como projeto de poder. Um eufemismo que negava a ilegalidade e a imoralidade do ato público dependendo dos fins a que se destinava.
Isso acabou.
Não foi necessária uma disputa nacional de eleição. Bastou a disputa para as prefeituras para se descobrir que essa grande campanha de poder se esmoronou de repente.
Agora é preciso ter muita atenção porque a divisão doutrinária é patente no País. O conservadorismo e a direita estão em ascensão.
Mas é preciso entender que os chamados “bolsões da pobreza” da cidade acabaram. João Doria (PSDB) venceu em 56 das 58 seções eleitorais, com exceção apenas de Parelheiros e Grajaú, na zona sul, onde venceu Marta.
É uma demonstração de que o povo desta cidade, que representa a totalidade do povo brasileiro, por mais humilde que seja, por mais distante que viva na longa periferia de São Paulo, tem a absoluta capacidade de entender o que é necessário e o que é preciso para o País.
o recado foi claro: estamos cansados da velha política. Queremos, sim, a gestão, uma nova gestão. Não apenas do sr. João Doria, que usou a questão como slogan. Mas de todos.
Porque apenas o capitalismo não é última expressão da sociedade moderna. Ainda temos 20% de famintos no mundo e um desespero que ronda várias sociedades deste planeta.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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