Pingo Final: A busca na casa de Bernardo-Gleisi e a ficha caindo…
A senadora Gleisi Hoffmann e ex-ministra da Casa Civil pediu o encerramento da reunião da CCJ
Senadora Gleisi Hoffmann pede o encerramento da reunião da CCJO Senado recorreu ao Supremo para anular o mandado de busca e apreensão realizado na casa de Paulo Bernardo — que, vejam só, é marido de Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma senadora com foro especial por prerrogativa de função. Fosse a diligência contra ela, é claro que o pedido teria de ser enviado ao Supremo. Eis uma boa questão.
Dá para argumentar dos dois lados da linha. A ação dizia respeito a Bernardo, que não tem foro especial. E pode ser autorizada, portanto, por um juiz de primeira instância. Mas também não nos façamos de ingênuos.
O juiz que determinou a diligência sabia que Bernardo é casado com Gleisi. Moram juntos. Uma busca e apreensão na casa dele não se distingue de uma busca e apreensão na casa dela. Aliás, entre os documentos levados, é bem possível que estejam papéis e arquivos eletrônicos que pertencem à senadora, não ao seu marido.
A reação no Senado não foi boa nem entre parlamentares da atual base governista. Os esquerdistas, que são aliados de Gleisi, fizeram o que se esperava: acusaram a suposta truculência da operação. Alguns dos que agora são governistas comentaram intramuros que consideravam a decisão um exagero.
O que eu penso? Por prudência, o pedido deveria ter sido encaminhado ao STF.
Desânimo
Vamos botar um pouco de ordem na bagunça. Ou, sei lá, bagunçar a coisa segundo um método ao menos.
É evidente que a prisão de Paulo Bernardo desanima a Armata Brancaleone da presidente afastada. Afinal, Gleisi é a generala da resistência, como já brinquei aqui.
É compreensível que alguns malucos que achavam possível a volta da petista se vejam desiludidos. Nós é que não precisamos levar a sério a conversa mole de que isso diminui as chances de Dilma. Diminui? Por quê? Havia alguma? Se existia um fiapo de esperança, ele desapareceu com a renegociação da dívida dos Estados. Assim, é razoável que se registre o abalo da pequena tropa. Mas não mais do que isso.
Dilma já não iria voltar. A única coisa que mudou é que, muito provavelmente, até seus poucos aliados começaram a perceber…
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