Pingo Final: lista de Janot deve sair esta semana e intensifica clima em Brasília
Meu pingo final vai para um mal estar que acomete Brasília, a TPLJ: Tensão Pré Lista do Janot. Há especulações para todos os gostos. Chegou-se a falar que ela poderia incluir até 80 políticos. Agora consta, o número ficará em torno de 40. O mais provável é que o procurador-geral da República não ofereça denúncias contentando-se com o pedido de abertura de inquérito. O que pode fazer com que esse processo de arraste por mais tempo do que o do Mensalão.
O boato mais denso de Brasília, no momento, está em linha com a conversa que José Eduardo Martins Cardozo manteve com Sérgio Renault, advogado da empresa UTC. A lista de pessoas que, segundo o procurador, devem ser investigadas em inquérito incluiria nomes graúdos da oposição.
Caso venha, então, à luz uma lista suprapartidária, a presidente Dilma sairia das cordas, a oposição refrearia suas críticas – não que a sua indignação esteja alinhada com a do país, diga-se -, o PT viria com a cascata de sempre de “não somos só nós” e por isso teremos reforma política com o fim da doação de empresas privadas a partidos e a política nesse modelo voltaria à modorra de sempre, que nos conduziu até esse estado melancólico.
É, de certo modo a tensão se justifica, não é mesmo? A lista vai dizer se Petrolão se exporá a sua real natureza: um partido político privatizando o estado para atender a seu projeto de poder ou servirá como pretexto para a demonização da política como um todo. “Ah, todos são iguais e o PT é apenas um dos culpados”. E isso seria uma grossa e estúpida mentira.
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