Pingo Final: Petista esperto não quer que Cunha renuncie

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 03/03/2016 11h19
  • BlueSky
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na abertura do Ano Legislativo, no Congresso Nacional (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil Dilma Rousseff

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não vai, obviamente, renunciar ao mandato, o que lhe assegura a continuidade do foro especial por prerrogativa de função. Se o fizesse, perderia essa condição e cairia no colo de Sergio Moro. Não deve estar a fim. Mas é evidente que deveria abrir mão ao menos da Presidência da Câmara. E isso ele também não fará.

Os petistas que pensam com o fígado o querem logo fora porque acreditam que, sem ele, tudo melhora para a Dilma. É uma tolice. É justamente o contrário. Cunha, hoje, se tornou um elemento deletério para as forças que defendem o impeachment.

Como foi ele a fazer a admissão inicial da denúncia contra Dilma — e assim foi porque, afinal de contas, era o presidente da Câmara —, os petistas e as esquerdas tentaram transformar o impedimento da presidente em “coisa do Cunha”.

Mesmo agora, quando parlamentares da oposição e dissidentes da base governista se juntam a movimentos pró-impeachment, a sombra de Cunha ainda tende a obscurecer um pouco o debate.

Se Cunha, hoje, quer fazer alguma coisa em favor do impeachment, deveria deixar a Presidência da Casa. Para que a sua luta pessoal não comprometa a do povo brasileiro.

Os petistas que agem com o cérebro preferem que Cunha fique rigorosamente onde está, manobrando de todos os modos para tentar impedir que as ações contra ele avancem. É evidente que isso contribui para diminuir as pressões contra Dilma.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.

AúdioJovem Pan NewsSão Paulo - SP

Programação Ao Vivo