Povo deve ser consultado sobre reforma constitucional
Movimento que pede uma nova Constituinte começa a crescer. O movimento que, por enquanto, reúne advogados preocupados com a situação jurídica, mas vai partir par as ruas.
Os defensores dizem que “os constantes escândalos comprovam a inviabilidade do vigente sistema político-constitucional.
É dar ao povo a oportunidade de limpar a área e, como diz Marco Antonio Villa, “refundar a república”.
Os juristas Modesto Carvalhosa, Flávio Bierrenbach e José Carlos Dias veem um “modelo obsoleto, oligarca, intervencionista, cartorial, corporativista e anti-isonômico, que concede supersalários, foros privilegiados e muitos outros benefícios a um pequeno grupo de agentes públicos e políticos”
As alterações propostas são:
– Eliminação do foro privilegiado;
– Eliminação da desproporção de deputados por Estados da Federação;
– Voto distrital puro, sendo os parlamentares eleitos pelo distrito eleitoral respectivo;
– Referendo no caso de o Congresso legislar em causa própria, sob qualquer circunstância;
– Estabelecimento do regime de consulta, com referendo ou plebiscito, para qualquer matéria constitucional relevante;
– Nenhum parlamentar poderá exercer cargos na administração pública durante o seu mandato;
– Eliminação dos cargos de confiança na administração pública, devendo todos os cargos ser ocupados por servidores concursados;
– Eliminação do Fundo Partidário e do financiamento público das eleições: serão os partidos financiados unicamente por seus próprios filiados;
– Eliminação das emendas parlamentares, que tornam os congressistas sócios do Orçamento, e não seus fiscais;
– Criação ou aumento de impostos, somente com referendo;
– Fim das coligações para quaisquer eleições;
– Eliminação de efeitos de marketing das campanhas eleitorais, devendo os candidatos se apresentar no horário gratuito pessoalmente, com seus programas e para rebater críticas;
– Distribuição igual de tempo por partido no horário eleitoral gratuito para as eleições majoritárias (presidente e governador);
– Inclusão do princípio da isonomia na Constituição, de modo que a lei estabeleça tratamento igual para todos, em complementação ao princípio vigente de que todos são iguais perante a lei;
– Isonomia de direitos, de obrigações e de encargos trabalhistas e previdenciários para todos os brasileiros, do setor público e do setor privado;
– Eliminação da estabilidade no exercício de cargo público, com exceção do Poder Judiciário, do Ministério Público e das Forças Armadas, devendo os servidores públicos se submeter às mesmas regras do contrato trabalhista do setor privado;
– Eliminação dos privilégios por cargo ou função (mordomias, supersalários, auxílios, benefícios, etc.), devendo o valor efetivamente recebido pelo servidor estar dentro do teto previsto na Constituição.
O movimento por uma nova constituinte está nascendo e começaria por um plebiscito.
É evidente que a fonte do poder é o povo e o povo tem que ser consultado preliminarmente antes de se falar de qualquer reforma constitucional.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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