Presidente da Câmara está mais preocupado em se tornar governador do RN; veja as implicações
Reinaldo, por que você diz que Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, decidiu pensar só em si mesmo e deixou de lado o Brasil?
Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente da Câmara e candidato ao governo do Rio Grande do Norte, decidiu que não vai colocar em votação, em regime de urgência, proposta de decreto legislativo que susta o famigerado decreto 8.243, da presidente Dilma Rousseff, aquele que atrela a administração pública federal ao PT por intermédio de conselhos populares formados pelos ditos “movimentos sociais”, que são controlados pelo partido.
É que o digníssimo deputado está mais preocupado com a sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte do que com o País. Na próxima segunda, Dilma visita seu Estado. Vai fazer proselitismo no aeroporto São Gonçalo do Amarante. É aquele que foi inaugurado sem a regulamentação da alfândega, o que o impede de operar voos internacionais. É uma piada!
Indagado sobre o motivo de não dar ao decreto legislativo tratamento de urgência, ele resolveu ter um chilique e se comportar como o ditador da Câmara, segundo informa a VEJA.com: “Não, o decreto não está pautado. Não vou pautar agora”. E ele disse o motivo: “Porque eu não quero”.
Dez partidos entraram com o pedido de urgência para votar o decreto legislativo: DEM, PPS, PSDB, Solidariedade, PR, PV, PSD, PSB, Pros e PRB. Juntos, somam 238 deputados. Para que um decreto legislativo seja aprovado, são necessários 257 votos – metade mais um dos 513 deputados.
Dilma decidiu criar a sociedade civil por decreto, o que é um delírio típico de ditadores. Caso o conteúdo do texto prospere, os petistas passarão, digamos assim, a ser sócios do poder sem precisar nem mesmo vencer as eleições.
Com efeito, a Constituição permite mecanismos de consulta direta à população e estabelece três formas: plebiscitos, referendos e emendas de iniciativa popular. Não há nada no texto constitucional que determine que o País deva ser governado em parceria com conselhos populares. A representação, segundo a Constituição, se dá por intermédio do Parlamento. Em entrevista nesta quarta ao programa “Os Pingos nos Is”, aqui da Jovem Pan, Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara, afirmou que, se Alves decidir não votar o decreto legislativo, os partidos que se opõem ao texto passarão a obstruir a pauta da Câmara. É o mínimo que aqueles que se opõem a essa excrescência podem fazer. Vamos ver.
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