Presidente Dilma Rousseff apela ao Partido Verde-Oliva

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2014 10h31

Reinaldo, quer dizer que Dilma decidiu apelar a um partido chamado PVO. O que é isso, hein?

Explico, antes algumas considerações. Está em curso, como é evidente, e ninguém precisa fazer muito esforço para constatá-lo, um processo de demonização das forças armadas. A chefe da torcida é a própria presidente da República, com a sua Comissão da Verdade. Que está encarregada de embaralhar os dados da história brasileira, igualando fatos a mistificações. É dali que parte o ímpeto para tentar, entre outras coisas, rever a lei da anistia para levar militares aos bancos dos réus.

Quem apoia a tortura? Que se saiba ninguém. Os que se opõe à agressão à lei da anistia se aliam simplesmente com regras elementares do estado de direito. Pois é, em tempos assim, quem diria que uma esquerdista autêntica como Dilma Rousseff garati-se numa reunião com empresários que a ordem será mantida durante a Copa com o auxílio dos tais milicos.

Não há nada de constitucionalmente excepcional nisso. Afinal, o artigo 142 da Carta Magna estabelece que as Forças Armadas destinam à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Que país curioso. As esquerdas, incluindo os petistas, transformaram numa pauto o que chamam de desmilitarização das polícias militares. Na hora em que a coisa aperta, no entanto, como vemos, em vez de falarem em desmilitarizar a PM, seja o que isso signifique, Dilma prefere apelar aos homens de verde.

Na tal reunião com empresários, a presidente afirmou que ofereceu tropas aos 12 estados que sediarão jogos da Copa. Advertida para o risco de baderna, a exemplo do que se viu na Copa das Confederações, a presidente afirmou: “O que está em jogo é a imagem do paí. Não vou permitir que se repitam as cenas de violência da Copa das Confederações”.

É? Não vai permitir como? Pretende fazer o que? Ela já combinou com Gilberto Carvalho? Seu governo não conseguiu nem sequer votar uma lei que agrave a pena de quem põe em risco a segurança coletiva.

A presidente que diz que não vai aceitar a violência recebeu em palácio militantes do MST, que haviam ferido no dia anterior 30 PMs na Praça dos Três Poderes. Em São Paulo chamou para um papinho os contumazes invasores de bens públicos e privados do MTST. Quem estimula a bagunça é o Palácio do Planalto.

Mas ora vejam, vai sobrar para o PVO mais uma vez. O Partido Verde-Oliva, ao qual agora apelam os vermelhos. A presidente assegurou ainda que não vai deixar que manifestantes encostem o dedo em delegações estrangeiras. Que bom.

Falta agora que o governo federal demonstre intolerância com aqueles que encostam o dedo, sem autorização, também nos brasileiros, não é mesmo? A soberana acha gravíssimo, apelando à palavra sua, que se faça política com a Copa.

Ah, não me digam. E o que tem feito o governo petista desde que ficou decidido que a disputa ocorreria no Brasil? E todas aquelas propagandas ufanistas, inclusive das estatais, exaltando o torneio como se fosse mais um feito heroico do petismo?

Já que estamos no terreno militar, cumpre apelar a um clichê bem apropriado: O tiro siau pela culatra. E quando tudo dana, cumpre então convocar o Partido Verde-Oliva, o PVO.

 

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