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Quem desconhece a história está condenado a repeti-la

Stephen Bannon não deve estar na Casa Branca

Vamos à República americana.

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Donald Trump nomeou como seu principal estrategista na Casa Branca um homem identificado com defensores da supremacia branca, ex-dirigente do Breitbart, um site célebre por suas manchetes xenófobas, racistas e misóginas, Steve Bannon.

“A extrema direita racista, fascista está representada a poucos passos do Salão Oval. Seja vigilante, América”, disse no Twitter John Weaver, estrategista republicano ligado ao governador de Ohio, John Kasich.

Entre os mais conservadores apresentadores de rádio dos EUA, Glenn Beck comparou Bannon a Joseph Goebbels, ministro de propaganda de Adolf Hitler. A comentarista da CNN Ana Navarro, que é republicana, também atacou a escolha: “Em um mundo normal, Bannon provavelmente não teria autorização para entrar na Casa Branca. Nesta Casa Branca, ele terá acesso a dados de segurança nacional.”

Bannon transformou o Breitbart na principal voz da direita radical americana, com ataques frequentes a muçulmanos e manchetes de tom racista e sexistas. Duas semanas depois de um defensor da supremacia branca matar a tiros nove negros em uma igreja da Carolina do Sul, em 2005, o site disse que bandeira dos confederados deveria ser exibida com orgulho.

O autor do massacre, Dylann Roof, colocou na internet fotos nas quais carregava a bandeira confederada.

“Anticoncepcionais tornam as mulheres pouco atraentes e loucas”, foi uma das manchetes do site em dezembro. “Você preferiria que sua filha tivesse feminismo ou câncer?”, foi outra de fevereiro.

Com informações de O Estado de S. Paulo

“O feminismo é um câncer”, já disse uma das pratas da casa, Milo Yiannopoulos.

Em outro texto, ilustrado com a foto de um bebê chorão, o colunista sugere a vítimas de assédio virtual: “Desconectem-se”. Continuou: “As mulheres estão arruinando a internet” ao tentar suprimir “a tendência natural do homem para ser explosivo”.

É antissemita, disse a ex-mulher Mary Louise em 2007, contando como ele vetou uma escola com muitos alunos judeus para as filhas gêmeas.

Os destaques são da Folha de S. Paulo e do Estadão.

Joseval Peixoto comenta: é isso o que está nascendo na grande pátria americana.

Estou assistindo à série do “Pablo Escobar – el patrón del mal”.

Na abertura de cada capítulo está escrito o seguinte: quem desconhece a história está condenado a repeti-la.

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