A sociedade está de olho como nunca na sucessão no STF

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2017 12h57
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Lucas Castor/Agência CNJ Ministra Cármen Lúcia

Vera Magalhães comentou as consequências políticas da morte do ministro do STF Teori Zavascki.

Teori trabalhava na homologação da delação da Odebrecht, que “prometia abrir um novo flanco político”. “Ainda não há nada claro”, ressalta Vera.

Apesar de os ministros terem sido pegos de surpresa pelo acidente, “já começam as pressões políticas”.

O presidente Michel Temer, alguns de seus ministros e vários senadores são citados na delação da Odebrecht à Operação Lava Jato, a qual Teori relatava no âmbito do Supremo. 

Há várias possibilidades jurídicas para a escolha do novo relator, reconhece Vera. Mas “seria prudente que a ministra Cármen Lúcia assumisse a prerrogativa” e indicasse o novo ministro, sugere a comentarista. Poderia ser Celso de Mello, decano do STF.

O ideal seria que a resposta viesse “com ministros que já estão na Corte”, diz Vera, “e não solução casuística para atuar em um processo já em curso”.

“Seria a saída mais técnica, blindaria o Supremo e a Lava Jato”, afirma. O ideal seria que a Suprema Corte se blindasse de ingerências políticas.

A sociedade não aceita mais isso e está de olho como nunca na sucessão no STF, completa.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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