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Teorias conspiratórias cercam Donald Trump, Vladimir Putin e Bashar Assad

Míssil é lançado desde o Mar Mediterrâneo pelos EUA em direção à Síria

Nenhuma surpresa que Vladimir Putin e Bashar Assad neguem que o genocida ditador sírio seja o responsável por um ataque com armas químicas contra sua própria população. Ambos vivem de fabricar seus próprios fatos.

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E tampouco nenhuma surpresa que extremistas de esquerda e de direita disseminem teorias conspiratórias sobre este ataque, um maná dos céus que caiu no submundo digital.

Para resumir, sites de extrema direita consideram o ataque uma operação ardilosa, uma armadilha tramada por inimigos de Donald Trump para forçá-lo a intervir no buraco quente que é a guerra civil síria com o lançamento de mísseis em retaliação ao ataque químico.

Vamos lembrar que a extrema-direita entre outra coisas gosta de Trump pois ele prometeu não se meter com Vladimir Putin e Bashar Assad.

Nenhuma surpresa que esta tipo de teoria conspiratória seja veiculada pelo site Infowars, do infame Alex Jones, aquele que chegou a dizer que os ataques no 11 de setembro tinham sido tramados pelo próprio governo Bush. A ironia é que até agora Trump tratou Alex Jones com muito respeito.

Vamos ficar no Infowars, pois para mim este conglomerado de fake news merece todo nosso escárnio. Outra teoria conspiratória pira a cabeça até dos catedráticos do ramo. Apregoa que o ataque químico foi obra de uma coalizão envolvendo o grupo humanitário sírio Capacetes Brancos, o banqueiro/filantropo George Soros e o serviço secreto britânico.

A extrema esquerda não deixa por menos. E uma das teorias mais populares no seu submundo é a de que Putin ordenou que Bashar Assad lançasse o ataque químico para provocar a reação de Trump. Com isso, o presidente ganha credibilidade e são dissipadas as dúvidas de que ele seja um marionete do Kremlin.

No governo Obama, as conspirações de extrema direita eram cinco estrelas no universo paralelo. Não vamos esquecer aliás a desenvoltura do próprio Trump para disseminar a sandice de que Barack Obama não nascera nos Estados Unidos. Agora vemos muita desenvoltura na margem esquerda.

Existe um impulso para quem perde uma eleição acreditar em teorias conspiratórias, uma forma de negar a realidade. Perdedores são mais vulneráveis para a desinformação e o tsunami de teorias conspiratórias.

No entanto, como estamos na era Trump e com Vladimir Putin no centro da cena, as maluquices e bizarrices estão em todas as partes, um dilúvio final da paranoia.

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