Um abraço de afogados que pode chamuscar os tucanos

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2017 09h52 - Atualizado em 29/06/2017 00h12
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Brasília - O presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse aos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto. À esquerda, o senador Aécio Neves (Valter Campanato/Agência Brasill) Valter Campanato/Agência Brasill Aécio Neves e Michel Temer - PSDB e PMDB

O PSDB decidiu permanecer na base de apoio do governo de Michel Temer.

É um casamento por interesse que, no final, pode dar errado para todas as partes. Se o Temer ficar, o PSDB vai ser o responsável por esse arranjo que desagrada a maioria dos brasileiros, como mostram as pesquisas.

E se Temer cair o PSDB vai junto, de roldão.

Ele fez isso com a desculpa das reformas, mas a justificativa é outra: é um abraço de afogados. Tanto que o presidente afastado do partido está aí perto da degola e o Senado não vota nunca o afastamento do senador determinado pelo STF.

Quem foi o avalista da entrada do PSDB no governo foi o Aécio Neves, então presidente do partido, que tinha prorrogado seu mandato na sigla. Embora já tivesse alguns inquéritos na Lava Jato, eram investigações laterais à época.

Agora o cenário mudou. Ele se viu enredado em graves acusações e há quase um mês não aparece no Senado.

Os grandes avalistas da permanência do PSDB no governo são o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria.

Pela manhã desta terça, ambos disseram que fizeram tal articulação a favor do Brasil e das reformas.

Mas as reformas podem nem passar, ou não como elas foram propostas.

Seja qual for o candidato tucano em 2018, ele entra chamuscado por esse apoio.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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