Um abraço de afogados que pode chamuscar os tucanos
O PSDB decidiu permanecer na base de apoio do governo de Michel Temer.
É um casamento por interesse que, no final, pode dar errado para todas as partes. Se o Temer ficar, o PSDB vai ser o responsável por esse arranjo que desagrada a maioria dos brasileiros, como mostram as pesquisas.
E se Temer cair o PSDB vai junto, de roldão.
Ele fez isso com a desculpa das reformas, mas a justificativa é outra: é um abraço de afogados. Tanto que o presidente afastado do partido está aí perto da degola e o Senado não vota nunca o afastamento do senador determinado pelo STF.
Quem foi o avalista da entrada do PSDB no governo foi o Aécio Neves, então presidente do partido, que tinha prorrogado seu mandato na sigla. Embora já tivesse alguns inquéritos na Lava Jato, eram investigações laterais à época.
Agora o cenário mudou. Ele se viu enredado em graves acusações e há quase um mês não aparece no Senado.
Os grandes avalistas da permanência do PSDB no governo são o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria.
Pela manhã desta terça, ambos disseram que fizeram tal articulação a favor do Brasil e das reformas.
Mas as reformas podem nem passar, ou não como elas foram propostas.
Seja qual for o candidato tucano em 2018, ele entra chamuscado por esse apoio.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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