Constantino critica Celso de Mello: ‘Trata o presidente como nazista’

Decisão do STF para que Jair Bolsonaro dê depoimento presencial sobre a suposta interferência na Polícia Federal foi tema de comentários no programa 3 em 1

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2020 17h47
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

O comentarista do 3 em 1 Rodrigo Constantino criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello por determinar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preste depoimento presencial sobre uma suposta interferência na Polícia Federal. Para ele, existe uma perseguição política contra o presidente e isso está cada vez mais claro ao público. “O Barroso autorizou o ex-presidente Temer, na condição de investigado também, de escolher se ia querer prestar depoimento por escrito ou presencialmente e isso não foi concedido ao presidente Bolsonaro. Qualquer pessoa atenta aos acontecimentos sabe qual é o critério dessa decisão. Esse duplo padrão incomoda muita gente. Além disso, o Celso de Mello está nas vésperas de se aposentar e sair do STF, ele está se ausentando de decisões importantes na 2ª turma que tem culminado na soltura de corruptos. Para isso ele não pode julgar. A alegação dos seus assessores é de que a decisão desse caso já tinha sido tomada antes e bastava assinar. É tudo muito esquisito, não faz nenhum sentido e mostra que há uma perseguição”, explicou no programa desta sexta-feira (11).

Ainda de acordo com Constantino, a investigação de interferência não tem fundamento. “O ex-ministro Moro não entregou nenhuma grande prova ou evidência. Cabe ao presidente o direito de escolher o diretor da Polícia Federal, é uma escolha dele e não do ministro. O Alexandre de Moraes tentou interferir nesse direito e agora a direção continua sob uma escolha do presidente. A Polícia Federal continua fazendo um bom trabalho. Tudo isso é muito politizado. O ministro Mello trata o presidente como um nazista não como qualquer outro cidadão, sem nenhum tipo de evidência. Essas medidas acabam com a credibilidade do Supremo”, disse. Ele ainda completou que é ‘um escarnio a decisão do jeito que foi’.

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