Constantino nega escândalo no caso de offshores e afirma: ‘Guedes é um herói’
Comentaristas do programa 3 em 1 debatem sobre revelação do vazamento ‘Pandora Papers’ que cita o ministro da economia brasileiro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, possui uma empresa registrada em um paraíso fiscal, enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, era sócio de outro empreendimento fora do país até agosto de 2020, revelaram documentos divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). Também conhecidos como Pandora Papers, os vazamentos mostraram que centenas de líderes mundiais, além de milhares de empresários, são sócios de offshores, como são chamadas empresas hospedadas em países ou territórios com taxação baixa ou isenção de impostos. A legislação brasileira permite a abertura de empresas em paraísos fiscais, desde que os dados sejam repassados à Receita Federal. O Código de Conduta da Alta Administração Federal, no entanto, proíbe que servidores de alto escalão mantenham investimentos, dentro ou fora do país, que possam ser afetados “por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo”.
Durante sua participação no programa “3 em 1”, da Jovem Pan, desta segunda-feira, 4, o comentarista Rodrigo Constantino fez uma análise sobre as revelações e afirmou que não há escândalo nenhum no caso. “Temos essa questão: e daí? É muito barulho por nada. É a coisa mais comum do mundo, e felizmente o Brasil é um país que tem essa liberdade para indivíduos e pessoas jurídicas abrirem empresas offshore em paraísos fiscais. Se for legal, se estiver tudo declarado, assunto encerrado. A gente está vendo a demagogia, o populismo, alimentando-se de uma certa ignorância geral acerca do que é uma offshore para falar que isso em si já é um crime. Veja que tem aí psolistas como Marcelo Freixo [hoje no PSB] chamando o ministro Paulo Guedes de criminoso. Não há nenhum crime nisso, também não há conflito de interesses, eles têm isso [as empresas offshore] há muitos anos. A verdadeira notícia é a seguinte: esse ministro é um herói, ele poderia estar em qualquer lugar do mundo, tem dinheiro para ficar em Mônaco curtindo a vida e ele está se dedicando, dando sua cota de sacrifício para tentar fazer o que ele acha melhor [para o Brasil] e que, felizmente, na ótica de muitos economistas sérios é o pano de fundo, o mapa de voo mais adequado, que são reformas liberais para o Brasil. Então tem muita narrativa nessa história e pouquíssimo conteúdo, é tudo espuma”, comentou Constantino.
Confira a íntegra do programa desta segunda-feira, 4:
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