Constantino: ‘Reforma administrativa é urgente e necessária, mas chega desidratada’
Os comentaristas do 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram pontos da reforma administrativa encaminhada pelo governo federal ao Congresso nesta quinta-feira, 3
Após o governo federal encaminhar ao Congresso Nacional o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma administrativa, os analistas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram os pontos já conhecidos do texto. A mensagem confirmando o envio está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 3. Para Rodrigo Constantino, “a reforma administrativa é urgente e necessária, mas chega desidratada”. “O presidente protelou muito para enviá-la e isso culminou na saída do secretário de desburocratização. É óbvio que chega desidratada e, agora, temos que acompanhar a tramitação nas duas Casas [Câmara e Senado]. Como costumo dizer, política é arte do possível”, disse.
Para Thaís Oyama, com os “parlamentares, magistrados e militares de fora do texto vai ser difícil convencer as pessoas sobre essa reforma”. “Do ponto de vista econômico, não haverá redução neste primeiro momento. A boa notícia é que o marcado comprou essa história de reforma e reagiu bem. O pior dos mundos é essa discussão parada no Congresso. Agora, o governo jogou a bola para o Congresso. Finalmente o governo mandou a reforma porque demorou demais”. Constantino, no entanto, argumentou que “em 2027 tem um monte de gente [servidores públicos] que se aposenta. Quando falamos em estancar a sangria econômica é uma coisa para vários anos, esse ano, por exemplo, foi perdido. Acho essa reforma muito aquém do desejado, mas do que adianta mandar o governo mandar uma reforma que pode morrer na praia?”, disse.
Já Josias de Souza afirmou que a reforma administrativa apresentada pelo governo “não esclarece quais categorias terão ou não estabilidade”. “Está se aprovando uma proposta no escuro e há outras coisas esquisitas. O presidente se autoatribui poderes para extinguir autarquias e carreiras e isso não passa no Congresso. O ideal seria enviar a PEC e projetos de lei e, por isso, é incompleto e até meio precário. Pode-se comprometer uma reforma pela falta de clareza”, analisou.
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