‘CPI da Covid-19 é o maior cabo eleitoral de Bolsonaro’, diz Constantino

Comentarista deu a declaração ao programa 3 em 1 desta terça-feira, 1°, enquanto analisava o depoimento de Nise Yamaguchi à comissão do Senado

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2021 18h46 - Atualizado em 01/06/2021 21h05
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/05/2021 O presidente da República, Jair Bolsonaro, usa máscara de proteção branca e veste terno preto durante evento oficial Constantino disse que Bolsonaro pode se aproveitar de CPI da Covid-19 para buscar a reeleição: 'Estratégia genial'

Convocada pela CPI da Covid-19, a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi prestou esclarecimentos à comissão nesta terça-feira, 1º. Ela é acusada de integrar o chamado “gabinete paralelo”, que teria aconselhado o governo federal em assuntos relacionados à pandemia. Além disso, a médica é suspeita de ter pedido a alteração da bula da cloroquina por decreto. Durante o depoimento, Nise afirmou que sua defesa pelo “tratamento precoce” é “baseada em ciência”. Entusiasta dos efeitos de remédios como a cloroquina e a ivermectina, ela disse ainda que cientistas podem discordar sobre formas de tratamento, mas que não podem ser impedidos de “expressarem sua opinião”.

Durante a participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, o comentarista Rodrigo Constantino considerou que a CPI chegou ao seu “ápice” enquanto interrogava Nise Yamaguchi. “A patética e circense CPI atingiu seu ápice hoje. O ápice do absurdo e da canalhice. As únicas palavras que podem descrever o dia de hoje é nojo, asco e revolta. O mais revoltante de tudo é que este circo é custeado com nossos impostos. Hoje vimos vagabundos de um lado e profissionais sérios, que lutam para salvar vidas, de outro lado. Trata-se de um show de horrores”, disse. O comentarista também analisou as acusações de que Nise, diretora do Instituto Avanços em Medicina, teria feito parte de um suposto “gabinete paralelo”. “O tal do gabinete paralelo não passa de uma criação da esquerda, assim como o gabinete do ódio. O que estamos vendo na CPI é o gabinete paralelo do lulismo, que tenta fazer campanha eleitoral às custas de humilhar, intimidar e tentar desqualificar uma profissional séria”. Concluindo sua análise, Constantino reforçou que a CPI “chegou ao limite”. “É algo revoltante de acompanhar, isso chegou ao limite. Apesar disso, este circo é uma estratégia genial que Bolsonaro encontrou para ser reeleito. Se ele tem um cabo eleitoral de peso, este cabo é a CPI da Covid-19 porque, com essa oposição, ele está eleito.”

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta terça-feira, 1º:

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