Josias: ‘Dupla personalidade de Bolsonaro é evidência de que Deus deixou o Brasil à deriva’

Veto parcial do presidente em projeto de perdão das dívidas tributárias de igrejas foi tema do 3 em 1 nessa segunda-feira (14)

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2020 19h51
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Jovem Pan Josias de Souza vê Bolsonaro criando novas modalidades de veto presidencial

O veto do presidente Jair Bolsonaro, em partes, do projeto de perdão de dívidas de igrejas foi tema dos comentários do programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (14). Para Josias de Souza, o presidente da República criou uma nova modalidade de vetos ao declarar que o projeto ‘apresentava obstáculos jurídicos incontornáveis’ e por isso precisou vetar. “O presidente Bolsonaro transformou uma simples situação, o veto à anistia de dívidas tributárias de igrejas, num caso do tipo ‘Médico e Monstro’. Para não desagradar os religiosos que atuam como seus cabos eleitorais, o candidato a reeleição ocupou o corpo do presidente para conspirar contra o veto presidencial”, explicou.

“Entre o fiscalismo do Paulo Guedes e o oportunismo da bancada da Bíblia, Bolsonaro optou pelo equilibrismo político. Quem melhor resumiu essa situação foi o vice-presidente Hamilton Mourão. Se a questão fosse econômica, disse o Mourão, a solução seria simples: veta e acabou. O problema é que a anistia às igrejas virou uma questão política, e o presidente Bolsonaro criou uma nova modalidade de veto, é o veto com fé. Quer dizer, ele barrou o perdão das dívidas como pediu o Ministério da Economia, mas correu às redes sociais para expressar a sua fé na posição do Congresso de remover a montanha que esta oprimindo os irmãos da sonegação”, completou.

Para Josias, Deus pode ter se esquecido do Brasil. “Para a bancada da Bíblia, o apelo do Bolsonaro para a derrubada do veto talvez seja apenas mais uma evidência de que Deus existe. Para Guedes e sua equipe, eles também acreditam que Deus existe, mas com o receio de que o Todo Poderoso já não dê expediente full-time. Esse expediente do presidente Bolsonaro de dupla personalidade é uma evidência de que Deus foi cuidar de outras coisas e o Brasil está a deriva”, finalizou. Já no entendimento de Thais Oyama, o presidente decidiu “fazer as coisas por interesses e não por princípios” e isso não é vantajoso para o país.

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