Não é preciso criar Guarda Nacional para evitar novo 8 de janeiro, diz Serrão sobre proposta de Dino
Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino apresentou quatro projetos chamado “pacote da democracia” visando prevenir o Congresso Nacional de novos atos de vandalismo em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino apresentou, nesta quinta-feira, 26, uma proposta para prevenir novos atos de vandalismo semelhantes aos ocorridos no dia 8 de janeiro. Entre as propostas apresentadas, está criação de uma Guarda Nacional. A nova guarda faria o policiamento ostensivo especializado visando contar manifestações e eventuais invasões. O ministro ainda defendeu a fiscalização das redes sociais. A outra proposta visa a criação de dois Projetos de Lei, sendo um sobre crime contra o Estado Democrático de Direito e outro parar agilizar “a perda de bens para quem pratica crimes contra o Estado Democrático de Direito”. O tema foi debatido na bancada do programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta quinta-feira. Para o comentarista Jorge Serrão, não é preciso criar uma Guarda Nacional para evitar um novo 8 de janeiro. Para ele, o Exército e a própria Polícia Militar (PM) seriam o suficiente. Na visão de Dino, o perímetro das sedes dos Três Poderes da República, dos Palácios da Alvorada e Jaburu, além de embaixadas, não podem ser responsabilidade da PM. “Não precisa pensar em criar Guarda Nacional. Pode usar o exército, que está muito bem preparado para isso. E a própria Polícia Militar do Distrito Federal. Não precisa criar uma nova estrutura burocrática para isso. São erros de comunicação para um mês de governo que são imperdoáveis. Estão exagerando ao absurdo que aconteceu no 8 de janeiro. Aquela barbárie não vai se repetir mais. Foi um episódio dos mais equivocados da história do Brasil. Precisa ser punido com todo rigor e todas as responsabilidades tem que ser levantadas”, disse o jornalista.
Questionado sobre a certeza de que os atos não vão acontecer novamente, Serrão viu o episódio como uma lição história para a maioria da população. O jornalista voltou a condenar a invasão ao Congresso Nacional. “Foi algo inaceitável. Aquilo fica com uma lição histórica para a maioria dos brasileiros. E fica como lição de repressão também. Em Brasília, não vão deixar fazer atos daquele tipo tão cedo. Do ponto de vista da consciência para não se repetir, pode ter certeza que aquilo foi um ponto fora da curva, uma barbárie, inaceitável para o povo brasileiro”, completou.
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