‘Nunca vi um presidente com tanta transparência’, diz Constantino sobre entrevista de Bolsonaro
Comentarista do programa 3 em 1 analisou entrevista do presidente da República ao Direto Ao Ponto, da Jovem Pan, e debateu declarações envolvendo a participação das Forças Armadas no processo eleitoral
Em entrevista à edição comemorativa de um ano do programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a participação das Forças Armadas no processo de fiscalização e auditoria do processo eleitoral traz “credibilidade ao sistema”. O mandatário do país voltou a repetir que “o voto impresso seria ideal”, mas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), foi derrotada e enterrada na Câmara dos Deputados. Bolsonaro também disse temer que a esquerda volte ao poder, mas ressaltou: “Se voltar pelo voto, paciência. Mas um voto, realmente, transparente”.”Queremos lisura, queremos a garantia de que, ao votar no João, seu voto vai para o João. Não conseguimos [implementar o] voto impresso, que, no meu entender, seria o ideal. Mas o ministro Barroso baixou uma portaria e convidou entidades a participarem do processo eleitoral. Uma dessas instituições são as nossas Forças Armadas”, disse Bolsonaro, que continuou: ” Nós entendemos que, em todos os momentos haverá participação dessas 10 entidades, mais as Forças Armadas. Devemos ter acesso da primeira à última fase. Se participarmos de todas as fases, dá para você ter credibilidade no sistema”.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, 28, o comentarista Rodrigo Constantino falou sobre a entrevista de Bolsonaro, dizendo que o presidente foi muito transparente nas suas respostas. “Poucas vezes, ou talvez nunca antes, vi um presidente ou político com tanta transparência. Parece que é uma conversa de botequim, e o presidente acaba abrindo bastante as coisas”, analisou Constantino. Em seguida, o comentarista destacou as falas do presidente sobre a participação do processo eleitoral, dizendo que, mesmo com os militares participando do processo, não se sente totalmente confortável para confiar no voto eletrônico. “O presidente acha que o 7 de setembro serviu justamente para isso, para mostrar a essa turma que a população está atenta e que não vai ter golpe. E uma das coisas que isso envolveria é a questão da lisura e da transparência das urnas. Depois disso tudo, o Luís Roberto Barroso, que alegava que as urnas são invioláveis, adotou medidas para mostrar transparência. Chamou mais gente para o jogo. Ele começou a reagir. Porque que eu digo que não é suficiente? Porque mesmo com as forças armadas lá, o processo desenvolvimento do software? Ali pode ter algum tipo de problema. É óbvio que o acompanhamento das forças Armadas traz um pouco mais de tranquilidade, mas eu não consigo confiar num sistema eletrônico que só tem em Butão, Brasil e Bangladesh.”
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