Para Constantino, viagem do presidente ao Oriente Médio é proveitosa: ‘Brasil quer dindim, e essa turma tem de sobra’

Depois de visitar os Emirados Árabes, Bolsonaro inaugurou embaixada brasileira no Bahrein; jornada presidencial vai terminar no Catar

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2021 19h08
Alan Santos/PR O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta homem com vestimentas típicas árabes durante a cerimônia de inauguração de embaixada brasileira no Bahrein O presidente Jair Bolsonaro durante inauguração de embaixada brasileira no Bahrein

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está em viagem ao Oriente Médio para tentar fortalecer o relacionamento com os países do Golfo Pérsico e tentar atrair investimentos para o Brasil. Após visitar os Emirados Árabes Unidos, a comitiva brasileira chegou nesta terça-feira, 16, ao Bahrein para inaugurar a embaixada no país. “Evento que materializa o entendimento e a cooperação dos nossos povos”, destacou Bolsonaro. Em comentário no programa 3 em 1, o jornalista Rodrigo Constantino destacou que o esforço diplomático poderá trazer frutos a médio e longo prazo. “Esses países do Golfo, do Oriente Médio, são poços de petróleo em formato de nação. É muito dinheiro. Eles têm fundos soberanos, criados com petrodólares para garantir a qualidade de vida da população e, principalmente, das castas no poder. E, para isso, eles precisam de investimentos produtivos, não pode ficar só comprando aviões para suas famílias, porque isso não garante a durabilidade desses recursos. Então, eles investem bastante em setores produtivos de países, principalmente o de emergentes, que oferecem maior potencial de retorno”, disse.

A presença de dois filhos do presidente — o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro — e do vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PRTB) despertou uma série de críticas nas redes sociais. Xingado de “vagabundo” pelo humorista Danilo Gentili, Ferreira respondeu, chamando o contratado do SBT de “animal”. Para Constantino, as atitudes de Bolsonaro mostram que o grupo não está para passeio. “O presidente disse que os interesses são complementares. O que esses povos querem, o Brasil tem para oferecer. O que o Brasil quer, leia-se din-din, essa turma de sobra. Então, é um casamento interessante. São partes que têm benefícios mútuos nessas trocas. Todo esforço diplomático deveria estar voltado para isso: atrair recursos e investimentos para o Brasil. Essa viagem está sendo muito atacada nas redes sociais pelos críticos do governo, que acham que é só oba-oba, para passear em Dubai, mas, como a gente está vendo, não é o caso.” A viagem brasileira ao Oriente Médio terminará com uma passagem pelo Catar, nesta quarta-feira, 17.

Confira o programa 3 em 1 desta terça, 16, na íntegra

 

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