‘Parecia uma reunião do partido comunista chinês’, diz Constantino sobre sessão da CPI com Araújo

Declaração foi dada pelo comentarista durante o programa 3 em 1 desta terça-feira, 18, no qual foi debatida a oitiva do ex-ministro das Relações Exteriores

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2021 18h11 - Atualizado em 18/05/2021 19h02
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EFE/Joédson Alves Ernesto Araújo é o ministro das Relações Exteriores Ex-ministro foi ouvido nesta terça-feira, 18

Na abertura da terceira semana de depoimentos, a CPI da Covid-19 ouviu, nesta terça-feira, 18, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. Entre os membros da comissão, prevalece a avaliação de que as oitivas serão de extrema importância para esclarecer detalhes sobre a atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro, sobretudo na compra de vacinas contra o novo coronavírus, a existência de um suposto “gabinete paralelo” de assessoramento do Palácio do Planalto e a insistência no chamado “tratamento precoce”. No depoimento, o ex-chefe do Itamaraty falou sobre críticas à China, da atuação do Ministério no enfrentamento à pandemia e da insistência do governo federal em defender a cloroquina, remédio ineficaz no tratamento da doença.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça, o comentarista Rodrigo Constantino disse o depoimento parecia uma “reunião do partido comunista” da China e que o país asiático faz “chantagem” com o Brasil usando a vacina. “Quem atrapalha são esses chineses infiltrados no nosso Senado. A CPI já é circense e hoje atingiu o ápice, parecia uma reunião do partido comunista chinês. Nós temos que ter comércio com nosso maior parceiro comercial e com pragmatismo. […] O Brasil tem recorde de exportações para a China esse ano, então acho que está tudo muito bem em termos de exportação. Mas o que a turma quer é um país subserviente à uma ditadura que usa como chantagem uma vacina. Chantagem. Em vez de reclamarem deste tipo de postura abjeta, típica de sequestradores e assassinos, eles condenam a nossa diplomacia, o nosso presidente e o nosso governo”, disse Constantino, que continuou: “Fazem uma confusão deliberada, que o governador João Agripino Doria já fez também, entre povo e governo. Não é necessário você atacar o povo chinês, e acho que o ex-chanceler nunca fez isso, o que é diferente de criticar o governo, e quem tem empatia pelo povo chinês deveria criticar o governo que o oprime”.

Em outro momento, Constantino disse que a CPI não está debatendo corrupção e que está discutindo se o ex-chanceler deveria “mandar beijinho para ditador chinês”. “Chamam o ex-chanceler de ‘ala ideológica do governo’, mas, se isso não for a ‘ala ideológica do Senado’, com simpatia a comunistas, só pode ser uma questão de grana. Ai mesmo tem que seguir o dinheiro. Quem acertou, com raras exceções nessa CPI patética, foi o senador Marcos Rogério, que disse que isso tudo é uma grande cortina de fumaça. Não estamos debatendo corrupção até aqui porque estão discutindo quando que foi recebida uma carta ou se o chanceler devia mandar beijinho para ditador chinês. O negócio está patético porque não tem corrupção no assunto ainda. Mas estamos aguardando com alguma esperança” afirmou o comentarista.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta terça-feira, 18:

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