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Constantino: Com churrasco na quarentena, Bolsonaro quer furar ‘histeria’, mas erra

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta semana que, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, pretende fazer um churrasco no sábado (9) para cerca de 30 convidados, em Brasília. “Vamos bater um papo, quem sabe uma peladinha”, disse, na porta do Palácio da Alvorada. A declaração foi tema de debate nesta sexta-feira (8) no 3 Em 1.

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“É óbvio que a postura do presidente é inadequada. Entendo o que ele quer fazer com isso: ele quer furar a histeria, o pânico dos ‘fanáticos do isolacionismo’ que transformam isso em seita, sem qualquer embasamento científico, impondo uma depressão econômica ao país. Ele quer se mostrar avesso a isso”, disse o comentarista Rodrigo Constantino.

“Bolsonaro quer chacoalhar o país nesse aspecto. Não está errado na essência, mas ele erra na forma. Isso mostra falta de empatia e desprezo por quem está sofrendo, por quem perdeu entes queridos. Há muita politização dessa história por interesses obscuros. Mas o presidente não precisava reagir dessa maneira”, completou.

“Eu acho uma provocação lamentável”, opinou o também comentarista Josias de Souza. “Não consigo entender o comportamento do presidente. Quem se opõe ao isolamento precisa chacoalhar o país apresentando uma alternativa viável ao país. O coronavírus mata mais de 600 pessoas diariamente no Brasil, descontadas as subnotificações. Mas no Planalto, a morte não é a maior perda. A perda mais relevante é o que morreu dentro do Bolsonaro enquanto ele vive nessa realidade paralela. Um churrasco para 30 pessoas! Ele está exibindo feições de um ex-presidente. Ele já não governa a crise que apavora o Brasil.”

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