‘Trump é o vencedor moral dessas eleições’, diz Adrilles Jorge

Questionamentos do atual presidente dos EUA sobre apuração de votos em estados do país foi tema de debate no programa 3 em 1 desta quinta-feira, 5

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2020 18h08 - Atualizado em 05/11/2020 18h45
EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS / POOL /04.11.2020 Trump Donald Trump acionou justiça para barrar contagem de votos em alguns estados

Com resultados de cinco estados pendentes, a contagem de votos nos Estados Unidos entra no terceiro dia com vantagem apertada do democrata Joe Biden, uma série de processos do republicano Donald Trump contra os estados com resultados que não o favorecem e muita incerteza. Até o momento, Biden está a seis delegados de conquistar maioria entre os estados norte-americanos. O resultado de alguns dos estados pode sair em poucas horas, mas não significa que o novo presidente será oficializado. O processo eleitoral foi tema de debate entre comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 5. Para o comentarista Adrilles Jorge, o Partido Democrata se alinha cada vez mais a “movimentos terroristas como o Black Lives Matter”, que “depredam instituições e quebram coisas”. Ele disse, ainda, que Trump errou ao não fazer como o presidente Jair Bolsonaro e desafiar as ações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que obrigaram as pessoas a entrar em lockdown e prejudicaram economia mundial. “O Trump, em que pesa o fato dele estar perdendo por muito pouco, é o vencedor moral dessas eleições porque ele perdeu para um vírus. O candidato Joe Biden foi colocado para perder as eleições porque Trump tinha uma eleição garantida. Ele uniu hispânicos, negros, mulheres, LGBTs em uma pauta única que agrada todo mundo, que era a pauta de pleno emprego. E aí, tinha uma pandemia no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pandemia”, afirmou.

Thaís Oyama lembrou que nas eleições de 2000 o país levou 30 dias para descobrir quem era o novo presidente e que neste ano o presidente Donald Trump parece disposto a colocar obstáculos no caminho das apurações. Para ela, mesmo que Biden consiga os “cabalísticos 270 delegados”, isso não significa que ele será declarado o presidente dos EUA nesta semana. “Está claro que o presidente Trump vai levar isso a ferro e fogo, vai criar uma balbúrdia, vai tentar tumultuar esse processo de apuração. Ele não tem nada a perder, ao menos ele cria, caso ele seja derrotado, uma narrativa de que houve uma eleição fraudulenta e de que a derrota dele se deve a essa fraude”, afirmou, lembrando que cada vez mais os números previstos pelos institutos de pesquisa se mostram falhos. Já Josias de Souza afirmou que a “insensatez” circula pelas ruas dos Estados Unidos e que a política no país foi subvertida com ajuda de Trump, que ameaça não respeitar as urnas caso seja declarado como derrotado no processo eleitoral. “Antes mesmo da eleição ele já trombeteava que haveria uma fraude, desqualificava os votos postados antecipadamente pelo correio. Inaugurada a apuração, ele se declarou vencedor e paradoxalmente anunciou que iria ao judiciário contra a fraude. Desde então, o Trump vai batendo o bumbo pelo twitter pela interrupção da contagem dos votos nos estados em que a apuração se tornou uma espécie de conta gotas que vai adicionando vitamina nas pretensões eleitorais do rival. É como se o presidente de uma das mais respeitadas democracias do mundo estivesse decidido a desmoralizar o país que ele preside”, disse.

Confira o programa 3 em 1 desta quinta-feira, 5, na íntegra:

 

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