46% dos professores do Ensino Médio no Brasil não têm formação específica nas disciplinas que lecionam. A informação é de um levantamento realizado pelo Movimento Todos Pela Educação, a partir de dados do Censo Escolar de 2015.
Em muitos casos, os profissionais possuem graduação em uma determinada matéria, mas acabam dando aulas em outras disciplinas, da mesma área.
A substituição é comum em Física, onde apenas 27% dos professores têm formação específica e a maioria dos profissionais é graduada em Matemática.
O problema também é recorrente em Sociologia, Filosofia e Artes, que possuem baixos índices de docentes habilitados.
O gerente-geral do movimento Todos Pela Educação, Olavo Nogueira, explicou que o uso de professores não graduados compromete a qualidade do ensino.
Olavo Nogueira acrescentou que a falta de professores no mercado de trabalho faz com que os colégios usem o mesmo profissional em mais de uma disciplina.
A educadora Maria Stella Graciani, da PUC de São Paulo, explicou ao repórter Vitor Brown que o problema é a falta de valorização da carreira docente. Segundo a educadora, o déficit de professores atinge tanto escolas particulares como a rede pública de ensino.
Os Estados com menores índices de professores graduados são Mato Grosso e Bahia, enquanto Paraná e Distrito Federal apresentam os melhores resultados.
Confira: