Pelo menos 37 cidades, de 13 Estados brasileiros, já cancelaram as festas de Carnaval, em razão da falta de recursos.
Em Minas Gerais, são oito municípios que não terão blocos na rua neste ano. No Rio de Janeiro, outras sete localidades também suspenderam as comemorações.
Em todos os casos, a alegação é a mesma: a crise econômica.
O esvaziamento dos cofres públicos também atinge o interior de São Paulo e até mesmo o tradicional Carnaval de Marchinhas de São Luís do Paraitinga foi cancelado.
A prefeitura alegou que não tem recursos para bancar o evento e explicou que as únicas festas na cidade serão aquelas organizadas pela iniciativa privada.
O diretor de Cultura de São Luis do Paraitinga, Netto Campos, afirmou que a situação financeira do município é bastante grave e ressaltou que até as contas do Carnaval do ano passado ainda não foram pagas. “A gente encontrou uma dívida na administração pública que ultrapassa os R$ 2 milhões. Inclusive oriundas do não pagamento de prestadores de serviço do carnaval de 2016”, disse.
O diretor de Cultura de São Luis do Paraitinga, Netto Campos, explicou que os comerciantes e proprietários de hotéis já estavam cientes, desde o início do ano, sobre a possibilidade de cancelamento do Carnaval.
Além da falta de recursos, outros problemas também têm impedido a realização das festas pelo Brasil.
No Espírito Santo, ao menos 17 cidades cancelaram a folia, em decorrência da crise na segurança pública, já que a falta de policiais militares poderia comprometer o patrulhamento.
Na Bahia, o problema foi a seca e as prefeituras de Barreiras e de Brumado tiveram que suspender a festa, para economizar dinheiro para as obras de combate à estiagem.
*Informações do repórter Vitor Brown