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Após medida para aquecer setor de imóveis, Caixa decide aumentar os juros

prédios de são paulo

 Na contramão da medida anunciada este mês de estímulo ao setor imobiliário, a Caixa sobe os juros para financiamentos residenciais e comerciais. A taxa para aqueles que não têm relacionamento com o banco saltou de 9,9% para 11,22%. Já para clientes, passou de 9,8% para 11%.

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O presidente do Secovi, o Sindicato da Habitação, considera a ação como um balde de água fria para o setor que precisa de confiança. Falando ao repórter Daniel Lian, Flávio Amary, ressalta que, enquanto a crise política persistir, este e outros setores da economia continuarão agonizando: “O problema está na crise política e econômica que a gente está vivendo hoje. Agora, essa falta de direcionamento eu acho que é a pior informação que a gente pode receber. As pessoas ficam muito inseguras com a instabilidade e o mercado imobiliário, como tem um ciclo muito longo, a confiança é um dos principais fatores na aquisição da casa própria”.

O diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças engrossa o coro e diz que o país precisa resgatar a confiança. Roberto Vertamatti indica que há receio de assumir compromissos de longo prazo, tanto por parte de clientes quanto por empreendedores: “Isso faz com que as pessoas não invistam, não queiram consumir, mesmo porque não sabem o amanhã e na incerteza procuram reservar o que for possível para qualquer emergência devido o quadro que estamos vivendo”.

A alta dos juros acontece duas semanas após a Caixa ter decidido aumentar de 50% para 70% o limite de financiamento de imóveis usados. Além disto, havia reaberto o financiamento do segundo imóvel para tentar reaquecer o setor. Agora, o sonho da casa própria ficou mais distante.

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