CCJ vai votar na semana que vem projeto de lei que define vandalismo como crime

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2014 18h47
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 22-05-2012, 17h00: A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no Senado Federal, em Brasília (DF). O empresário irritou a CPMI ao se negar a responder a 30 das 60 perguntas feitas por parlamentares durante duas horas e meia de depoimento, alegando que falará antes à Justiça. "Estamos aqui perguntando para um múmia, uma pessoa que não quer responder", afirmou a senadora, que sugeriu o encerramento da sessão e teve sua proposta acolhida. Preso desde 29 de fevereiro de 2012 sob acusação de explorar jogos ilegais e comandar um vasto esquema de corrupção, Cachoeira saiu em 22 de maio pela primeira vez do complexo penitenciário da Papuda, sob forte esquema de segurança. A CPMI foi instalada em 25 de abril de 2012 para investigar práticas criminosas de Cachoeira e agentes públicos e privados, desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress, PODER) Folhapress Senadora Kátia Abreu afirmou que a CCJ irá votar lei que define vandalismo como crime

A senadora Kátia Abreu afirmou, em entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan, que a Comissão de Constituição e Justiça vai votar, na próxima quarta-feira (14), um projeto que define como crime o vandalismo. De acordo com ela, o projeto de lei do senador Armando Monteiro era pra ter sido votado na última quarta-feira, mas ficou para semana que vem.

“Este crime já deveria ter sido regulamentado, definido, desde à Constituição de 1988. Então são mais de 25 anos que o Brasil espera por essa definição. Então, é mais do que na hora que nós possamos definir e ter esse marco definitivamente. As pessoas não são obrigadas a suportar e receber as consequências do vandalismo que vimos o ano passado nas ruas. (…) Manifestar, sim. Agora, agressão ao direito do outro, não. (…) O crime de vandalismo vai estar definido e vai ter as penalidades”, disse a senadora.

Nesta quinta-feira houve uma ação conjunta do MST e do MTST, na qual protestaram contra a Copa do Mundo, invadindo empreiteiras, paralisando o trânsito e causando um caos na cidade. De acordo com Kátia Abreu, os moradores da cidade estão vendo o que os produtores rurais passaram ao longo de décadas com o movimento e disse ainda que as vítimas do MST não se restringem aos grandes produtores rurais.

“Não são só os grandes que são vítimas do MST, também pequenos e médios produtores são vítimas do vandalismo das invasões”, contou. Apesar disso, a senadora afirmou que todos os brasileiros, legitimamente e democraticamente, têm o direito de lutar por casa, por uma terra e por tudo que precisa, mas ressaltou: “o meu direito termina quando começa o do outro.”

Confira a entrevista completa da senadora Kátia Abreu no áudio acima.

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