Especialistas explicam o motivo da diferença entre pesquisas eleitorais no 1º turno

Alguns resultados do 1º turno das eleições contrastaram com as pesquisas e deixaram os eleitores em dúvida; no Direto ao Ponto desta segunda-feira, Augusto Nunes debateu todas as polêmicas

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2022 23h00 - Atualizado em 10/10/2022 23h15
Reprodução/ Youtube debate; pesquisa eleitoral Especialistas debateram sobre as pesquisas eleitorais feitas antes do 1º turno

O Direto ao Ponto desta segunda-feira, 10, debateu as pesquisas eleitorais das eleições 2022. O ponto principal da discussão foram as diferenças apontadas nas projeções e percentuais de votos válidos para Luis Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial. Antes do 1º turno, o atual presidente não passava dos 40% nas intenções de voto, mas recebeu 43% dos votos válidos; em São Paulo, Fernando Haddad (PT) liderava, mas terminou atrás do ex-ministro Tarcísio de Freitas (PRB) no dia da eleição. O cientista político, Marcelo di Giuseppe, tem uma teoria quanto à discrepância sentida em SP. “O eleitor do Tarcísio/Bolsonaro é um eleitor com menos potencial de se abster e mais convicto. Então é um eleitor que vai votar. Sabemos que por causa das filas muitas pessoas foram embora e os eleitores do Bolsonaro seguram mais. Isso pode ter acontecido em São Paulo”, explicou. Para ele, diferenças em cargos menores, como o de Senador, se devem pelo desconhecimento do eleitor. “As pessoas sabem em quem votar para presidente ou para o governo, mas não sabem em quem vão votar no Senado”, ressaltou Marcelo.

Questionado se é mais fácil dimensionar os resultados em um segundo turno, que só tem dois candidatos, Marcelo respondeu. “O Brasil está muito dividido. O Bolsonaro é muito forte no Sul; no Sudeste a necessidade de vencer em São Paulo, Rio e Minas; no Centro-Oeste existe uma vantagem e no Norte existe um empate e no Nordeste a balança pende para o Lula”, explicou. Para os dois especialistas, Minas Gerais será essencial para o resultado do segundo turno entre presidenciáveis, pelo apoio do governador reeleito Zema. No entanto, apesar do cenário conflituoso, a CEO do Instituto Paraná, Nair Quintanilha, pediu para que as pesquisas não sejam desacreditadas. “Acreditem nas pesquisas. Deram uma atenção errada às pesquisas. Pesquisa não é futurologia. Nós não temos a intenção de prever um resultado, é claro que mais próximo das eleições, os resultados mais próximos da eleição devem ser, mas depende do critério que você escolhe. Se a pesquisa fosse prever resultado, não precisaria nem ter eleição”, apontou.

Assista abaixo à íntegra do debate:

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