Líderes da Câmara querem promulgar reforma tributária no início de dezembro, diz Tabata Amaral

Em entrevista ao Direto ao Ponto, deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de SP defendeu proposta e argumentou que votaria a favor de acordo com o texto aprovado pelo Senado Federal

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2023 22h37 - Atualizado em 13/11/2023 23h28
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Reprodução / Youtube Jovem Pan News tabata amaral Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, participa do Direto ao Ponto na Jovem Pan News

Em entrevista ao Direto ao Ponto nesta segunda-feira, 13, a deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB-SP), afirmou que “se dizer pró-mercado e ser contra a reforma tributária não faz sentido e é ilógico”. A parlamentar destacou que a reforma é extremamente necessária e que espera que a pauta seja promulgada até o início de dezembro: “Acredito muito na reforma tributária. É sobre ter segurança pra abrir um negócio nesse país. Não faz sentido dizer que é a favor do mercado e ser contra a reforma. O que espero depois do feriado é muito trabalho, eu espero que a reforma seja votada o quanto antes na Câmara e que aconteça até o início de dezembro”. Conforme mostrou o site da Jovem Pan, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia afirmado na quinta-feira, 9, que o governo espera promulgar a reforma tributária ainda em 2023. Contudo, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse em entrevista nesta segunda-feira, 13, ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, que não existe cronograma para votar a pauta ainda em 2023 e que ainda é necessário votar, por exemplo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano.

Aliança com Datena

Quanto às especulações sobre ter o jornalista Datena (PDT) como seu vice, Tabata disse que ele recebeu um convite para se filiar ao PSB, mas que outras direções ainda não foram definidas, pois ele tem até o ano que vem para aceitar ou não. “É uma das melhores pessoas e uma das que mais interagem com o tema da segurança pública. Faz todo sentido tê-lo ao meu lado, foi feito o convite, dentro do PSB, cabe a ele aceitá-lo. Ele tem histórico e pauta pra isso, mas é uma decisão dele pro ano que vem”, afirmou a parlamentar. Ela declarou que pessoas que se comunicam com outras da forma que ele faz e que se preocupam com a segurança pública “fazem sentido para o projeto”.

Gestão Ricardo Nunes

Durante a entrevista, a pré-candidata também afirmou que a gestão Ricardo Nunes (MDB) não dialoga com o governo federal. “Você não resolve a questão de distribuição de energia em SP – ou do corte de água – se você não faz um diálogo com o governo. É mais fácil apontar o erro do que sentar na mesa pra conversar. Se eu dialogo com governo Tarcísio e com o governo Lula hoje, por que eu não faria isso no executivo?”, afirmou. Ao ser questionada sobre sua opinião em relação às fortes chuvas que atingiram o Estado, Tabata declarou que “São Paulo não tem planejamento”. Ela citou, por exemplo, a tragédia que ocorreu no litoral norte este ano. “Se em fevereiro o prefeito tinha condições de ver o que as chuvas fazem aqui todo ano, por que nada foi feito? Eu tive que entrar na Justiça para que a Prefeitura se comprometesse em apresentar um plano de gestão de riscos. Ainda não foi apresentado, mas tem um prazo”, disse. “Não é novidade em São Paulo [a intensidade das chuvas]. Não é algo novo, todo janeiro a gente é castigado. É claro que fica pior e mais intenso com as mudanças climáticas, mas o que tenho feito em meu trabalho na Câmara é para que cada cidade [do Estado] tenha seu plano de ação”. A pré-candidata declarou que acha “muito ruim a posição que vários prefeito adotam de dizer que o problema da segurança pública não é seu” e que ela pretende fazer diferente.

Cracolândia

Sobre a situação da Cracolândia, Tabata afirmou que esta uma das principais questões que escancaram como a Prefeitura tem falhado com a população e que não se deve enxergar apenas dependentes químicos na aglomeração, mas sim entender que também existem bandidos financiando o uso de drogas. “O abuso de álcool e drogas em São Paulo é um dos maiores problemas que existem”, complementou. A deputada federal destacou que, se for necessário, é preciso pedir ajuda para quem for possível para resolver o problema da Cracolândia. “Se muda o prefeito e ele foi do lado oposto do governo, nada acontece mais?”, finalizou.

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