‘Reforma tributária tem chances de ser votada ainda neste ano’, afirma Bia Kicis

Presidente da CCJ da Câmara dos Deputados, a deputada federal participou do programa Direto ao Ponto desta segunda-feira, 19, e comentou sobre seu novo cargo

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2021 23h18
Reprodução/ Youtube bia kicis Bia Kicis durante o programa Direto ao Ponto

A deputada federal Bia Kicis (PSL), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ da Câmara dos Deputados, participou do programa ‘Direto Ao Ponto’ desta segunda-feira, 19, e comentou sobre a possibilidade de votação das reformas tributária e administrativa. De acordo com ela, a proposta administrativa é a que mais pode travar pela proximidade das eleições. “Acho que a reforma tributária é desejo de todos, tanto parlamentares como população. O problema é qual reforma, temos três no Congresso e acho que ainda não se definiu bem qual será a reforma que levaremos adiante, mas acho que tem chance de votar esse ano porque temos que simplificar o sistema tributário urgente. É claro que nesse momento, não se pode pensar em redução de carga, mas não dá para se pensar em aumento de carga. Isso é proibitivo. Por outro lado, se a gente deseja que num determinado momento reduzir a carga, é importante pensar em uma reforma administrativa, porque sem enxugar a máquina não vai ter como depois reduzir a carga tributária. Acho que as duas reformas precisam andar e a administrativa tem um complicador, que é ano anterior de eleição. Não é difícil a aprovação, mas é mais trabalhosa”, completou. Bia afirmou que a reforma administrativa entra na pauta da CCJ no próximo do dia 26.

Um mês à frente da CCJ, a deputada foi questionada sobre o porquê somente cinco projetos foram aprovados. “Acho que precisamos passar por esse tempo de acomodação e estranhamento, mas estou muito firme no meu propósito. Ali eu não sou uma deputada combativa, sou líder de uma Comissão e tenho me pautado dessa forma. Às vezes existe um pouco de desânimo por ver o que fazem com a Comissão mais importante da Câmara, usar de forma a emperrar que os projetos andem, mas temos que entender que isso é do jogo”, comentou. Perguntada sobre como é trabalhar com parlamentares investigados pela Justiça, Bia foi bem diplomática. “Nossa função não é julgar os demais colegas, isso compete ao Judiciário, a não ser por quebra de decoro e aí temos a Comissão de Ética. Ali eu digo que, cada um que chegou foi com votos da sociedade. Então tem que respeitar isso, não é que você concorde com qualquer desvio de conduta ou crime, mas a sociedade concedeu um mandato a essa pessoa para representar uma parcela da sociedade”, disse.

Descrição nas redes sociais e voto auditável

A deputada é uma das investigadas no inquérito das Fake News instaurado pelo STF e comentou sobre seus posicionamentos nas redes. “Eu tenho tomado muito cuidado com o meu Twitter porque eu penso assim: a esquerda pode falar o que bem entender, xingar, mentir e fica tudo bem. Se a gente fala um pouco fora, exagera ou se equivoca e vai lá e retira o tweet cai o mundo na sua cabeça. Não existe uma isonomia no tratamento, não existe nenhum equilíbrio. Eu tenho guardado para mim muitas das minhas opiniões porque isso faz parte do jogo”, disse. “Esse inquérito está completando 2 anos e eu continuei a mesma pessoa. Esse termo ‘fake news’, que não existe juridicamente e não sustenta um inquérito, significa uma pessoa de caso pensado criar uma desinformação para enganar a audiência. Coisa que quando a gente se equivoca no tweet não era essa a ideia. Um erro passa a ser fake news e a pessoa é massacrada”, completou.

Defensora do voto auditável, Bia Kicis também comentou sobre a possibilidade de votação da pauta na Câmara. “Estamos trabalhando por isso com muito afinco. Eu lancei uma campanha há duas semanas. Esse projeto não é meu e nem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas é um projeto que o PDT sempre apoiou, o Brizola foi um dos primeiros que queria que os votos fossem auditados e fez uma denúncia na época que ele viu que estava sendo roubado nas eleições. Essa é uma luta há muitos anos, há 30 anos que no Brasil se tenta colocar um sistema que seja mais confiável. Não queremos voltar para o voto de papel, só queremos transparência”, finalizou.

Confira abaixo a entrevista na íntegra com a deputada Bia Kicis:

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