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Equador vai às urnas neste domingo (02) para eleger novo presidente

Rafael Correa

Dois candidatos com perfis opostos, um socialista e um ex-banqueiro, disputam neste domingo (02) a presidência do Equador.

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O vitorioso vai suceder Rafael Correa, que está no poder desde 2007. O candidato defendido pelo atual presidente é Lenín Moreno.

Integrante do partido Alianza País, ele propõe a manutenção das políticas adotadas pelo atual governo e promete a criação de programas populares, como um projeto para construção de casas à população de baixa renda.

Moreno é cadeirante. Ele perdeu os movimentos em 1998, após ser baleado durante um assaltado e também defende os direitos das pessoas com deficiência.

Do outro lado, está o ex-banqueiro Guilhermo Lasso. O candidato conservador promete a adoção de medidas para reverter a crise econômica no país e projeta a criação de um milhão de empregos.

Lasso está fortemente ligado à Igreja Católica, mas, mesmo assim, estabeleceu diálogo com representantes de grupos de defesa dos direitos da comunidade LGBT.

A corrida presidencial do Equador foi marcada pela violência.

O ato mais grave aconteceu na quarta-feira, quando o oposicionista Guillermo Lasso foi atacado com paus e pedras no estádio onde acontecia a partida entre Colômbia e Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, lamentou os episódios, mas, mesmo assim, não perdeu a oportunidade de atacar o opositor.

Correa disse repudiar o que aconteceu no Estádio de Quito, mas acrescentou que também repudia a hipocrisia e a imoralidade. O presidente afirmou: “vamos deixar que eles provem do próprio remédio”.

Uma vitória do conservador Guilhermo Lasso neste domingo pode representar a saída de mais um governo de esquerda, na América do Sul.

Nos últimos anos, Brasil, Argentina e Peru já abandonaram governos com essa orientação.

O fim do governo de Rafael Correa, no Equador após uma década, e a possibilidade de que seu apadrinhado perca a disputa podem ser vistos como mais um sinal de enfraquecimento da onda progressista na região.

No primeiro turno, Lenín Moreno terminou a disputa em primeiro lugar, com 39% dos votos, contra 28% de Guilhermo Lasso.

Para a votação deste domingo, o cenário permanece indefinido. A vantagem do candidato socialista diminuiu.

De acordo com as últimas pesquisas, Moreno continua na liderança com 52% das intenções de voto, enquanto o ex-banqueiro aparece com 48%.

*Informações do repórter Vitor Brown

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