Para Constantino, ‘uma hora o presidente vai ignorar esse tipo de decisão arbitrária do STF’

Comentarista da Jovem Pan afirma que Bolsonaro tenta jogar dentro das ‘quatro linhas da Constituição’, mas faz um alerta: ‘Ele tem o apoio de parcela significativa da população e não vai aceitar desaforo’

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2021 19h30 - Atualizado em 07/09/2021 19h35
Leco Viana/TheNews2/Estadão Conteúdo Rodeado por aliados, o presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores de cima do carro de som na Avenida Paulista, na região central de São Paulo O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores de cima do carro de som na Avenida Paulista

Durante a megacobertura da Jovem Pan dos atos de 7 de setembro, comentarista Rodrigo Constantino falou sobre a tensão entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF), que se intensificou após os discursos do chefe do Executivo em Brasília e São Paulo. O ministro Alexandre de Moraes foi citado nominalmente. “Ele [Moraes] tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha. Deixe de oprimir o povo brasileiro, deixe de censurar o seu povo”, disse Bolsonaro. Para Constantino, o presidente “está testando forças com um lado que usa, cada vez mais, a sua caneta ao arrepio da lei e que parece não se intimidar nem com o povo na rua”.

“O presidente está jogando um jogo que alguns definem como cabo de guerra, outros como xadrez. O presidente está mostrando que vai ter um limite. Vai chegar uma hora em que ele terá que ignorar algum tipo de decisão suprema. Está perto o dia de desobediência civil do próprio presidente. Muitos acham que o ponto de inflexão foi quando ele indicou o [Alexandre] Ramagem, de sua confiança, para a Polícia Federal, e o Supremo interferiu. É um jogo que está cada vez mais tensionado. Se é um cabo de guerra, este cabo está quase arrebentando, se é que não houve uma ruptura. E o presidente tenta jogar no limite das quatro linhas de Constituição para alertar que, junto com o apoio de uma significativa parcela da população, não vai aceitar desaforo, descalabro e golpes à luz do dia. O que ficou claro hoje é que o povo brasileiro está do lado da Constituição, da defesa da lei e da ordem, e não vai tolerar esse tipo de abuso Supremo.”

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