Pintado diz que Cueva não quis viajar a Santos: “não dá para pedir por favor”

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2017 13h57 - Atualizado em 13/07/2017 10h27
Marcello Fim/Raw Image/Estadão Conteúdo Pintado não escalou Cueva no clássico contra o Santos, na Vila Belmiro. Um dia depois, o auxiliar foi afastado da comissão técnica do São Paulo

Afastado da comissão técnica do São Paulo, Pintado abriu o jogo nesta terça-feira. Em entrevista exclusiva ao repórter Marcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pano ex-auxiliar negou ter tido atritos com Rogério Ceni, e explicou a polêmica decisão de não escalar Cueva na partida contra o Santos, no último domingo, na Vila Belmiro.

Segundo Pintado, o meia peruano “tinha uma ideia de sair do São Paulo” e, quando foi informado de que seria reserva, não quis viajar a Santos para disputar o clássico válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“A decisão (de não escalar o Cueva contra o Santos) foi muito clara para mim a partir do momento em que eu conversei diretamente com o atleta. O Cueva tinha uma ideia de sair do São Paulo. Víamos ele um pouco descontente no dia-a-dia, e isso ficou muito claro para todos nós. O rendimento dele em campo não estava sendo igual ao de quando ele chegou. A ideia era que, com o Jonathan Gómez, com sangue novo e cumplicidade legal com o Pratto, a gente tivesse essa situação no jogo. Isso foi passado para o Cueva. Ele iria para o jogo, mas não iria começar”, explicou Pintado.

O peruano, no entanto, não quis viajar para ficar entre os reservas. “Eu disse ao Cueva que ele tinha tudo para decidir o jogo para a gente no segundo tempo, desde que ele estivesse disposto a ajudar e com a cabeça dentro do São Paulo. Não dá para você pedir por favor para um jogador jogar no São Paulo. Eu conversei com o presidente, e ele me deixou à vontade para tomar a decisão que eu achasse melhor… A decisão foi puramente técnica. Só isso. Quanto a viajar ou não, foi uma decisão dele (Cueva), que preferiu não ficar no banco, não viajar”, acrescentou o ex-auxiliar.

“Submissão total” a Ceni

Também durante a entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan, Pintado negou ter tido atritos com Rogério Ceni. “A minha relação (com o Rogério Ceni) foi de submissão total”, definiu o ex-auxiliar. “Eu era um apoio para o Rogério. Sempre fui leal em todas as decisões, comentários, no dia-a-dia, mas sempre me posicionando, também. Sempre escolhia o melhor momento para conversar com o Rogério”.

A relação com os ex-auxiliares estrangeiros de Ceni, segundo Pintado, também era boa. “Com o Michael Beale, eu tenho uma amizade muito especial… Conversei com ele hoje, inclusive. Com o Charles (Hembert), também, era uma relação legal. O Rogério… Eu tenho o maior respeito pelo profissional, pela história dele, pelo que ele representa para o São Paulo. Nunca tive problemas com nenhum membro da comissão técnica”.

MAURíCIO RUMMENS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

E o futuro?

Pintado foi retirado da comissão técnica do São Paulo em decisão tomada pelo clube em conjunto com o novo treinador, Dorival Júnior. Ele, agora, tem em mãos uma proposta para ocupar um cargo administrativo em Cotia, onde o São Paulo mantém as suas categorias de base.

No entanto, o ex-auxiliar ainda não sabe se vai aceitar a nova função.

“Quando eu cheguei ao São Paulo, uma das primeiras ideias era que eu fizesse essa ligação de Cotia com Barra Funda. Essa sempre foi uma ideia, e, pela correria, pelas situações que aconteceram, ela acabou ficando um pouco de lado. Agora, o São Paulo retomou essa ideia. Eles entendem que é necessária uma situação como essa. O próprio Dorival conviveu com essa ligação da base pro profissional lá no Santos… Estou aguardando. Vamos juntar as ideias para ver se esse projeto vai acontecer ou não”, finalizou.

Divulgação SPFC

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