EUA derrubam barreira à carne bovina “in natura” brasileira
Os Estados Unidos derrubam barreira à carne bovina “in natura” brasileira, e medida abre espaço para novos mercados. As negociações para liberar o produto se arrastavam desde 1999, e foram finalizadas com sucesso para regiões com vacinação contra a febre aftosa.
O acordo é recíproco: o Brasil passa a aceitar a carne dos Estados Unidos, apesar do registro de casos de “vaca louca” em território norte-americano.
Órgãos especializados dos dois países fizeram inspeções para liberação de frigoríficos. Hoje, ainda há dificuldade de entrada da carne produzida no Brasil em mercados como Japão, Coreia do Sul, México e Canadá.
O pecuarista e presidente do Global Agribussiness Fórum, Cesário Ramalho, indicou que os Estados Unidos são uma vitrine para o País: “os EUA é um mercado altamente exigente, muito criterioso. Ele aprovar isso é um aval para a carne brasileira”.
O diretor vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, José Mário Schreiner, comemorou o acordo.
Em entrevista ao repórter Daniel Lian, ele avaliou que a negociação selou a quebra de um paradigma: “verificando e aprovando a condição americana da produção, os dois se chancelam e isso nos coloca em patamar elevado para que todos os demais países que tenham restrição a nossa importação possam nos olhar de forma diferente”.
A perspectiva é que as vendas para os Estados Unidos fiquem em torno de 64 mil toneladas no ano que vem. O Brasil é o maior exportador de carne “in natura” do mundo, com negócios de US$ 6 bilhões apenas em 2015.
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