EUA derrubam barreira à carne bovina “in natura” brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2016 09h16
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Funcionários de abatedouro em São Paulo. 29/05/2007 REUTERS/Paulo Whitaker Reuters Abatedouro

Os Estados Unidos derrubam barreira à carne bovina “in natura” brasileira, e medida abre espaço para novos mercados. As negociações para liberar o produto se arrastavam desde 1999, e foram finalizadas com sucesso para regiões com vacinação contra a febre aftosa.

O acordo é recíproco: o Brasil passa a aceitar a carne dos Estados Unidos, apesar do registro de casos de “vaca louca” em território norte-americano.

Órgãos especializados dos dois países fizeram inspeções para liberação de frigoríficos. Hoje, ainda há dificuldade de entrada da carne produzida no Brasil em mercados como Japão, Coreia do Sul, México e Canadá.

O pecuarista e presidente do Global Agribussiness Fórum, Cesário Ramalho, indicou que os Estados Unidos são uma vitrine para o País: “os EUA é um mercado altamente exigente, muito criterioso. Ele aprovar isso é um aval para a carne brasileira”.

O diretor vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, José Mário Schreiner, comemorou o acordo.

Em entrevista ao repórter Daniel Lian, ele avaliou que a negociação selou a quebra de um paradigma: “verificando e aprovando a condição americana da produção, os dois se chancelam e isso nos coloca em patamar elevado para que todos os demais países que tenham restrição a nossa importação possam nos olhar de forma diferente”.

A perspectiva é que as vendas para os Estados Unidos fiquem em torno de 64 mil toneladas no ano que vem. O Brasil é o maior exportador de carne “in natura” do mundo, com negócios de US$ 6 bilhões apenas em 2015.

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