Azar? Brasileiro cai em grupo de Messi e CR7 na Champions, mas celebra: ‘Torci por isso’

Em entrevista exclusiva ao Grupo Jovem Pan, o meia Isael, que atua pelo Ferencváros, da Hungria, vibrou com a possibilidade de enfrentar dois dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos

  • Por Jovem Pan
  • 01/10/2020 17h04 - Atualizado em 01/10/2020 18h05
Instagram/Reprodução Isael (de cabelo descolorido, à direita), atua pelo Ferencváros, da Hungria

Imagine a seguinte situação: você atua por um time húngaro que consegue se classificar à fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa depois de 25 anos, mas… Logo de cara, terá de encarar dois dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. O que, para muitos, seria encarado como azar, para Isael, meia brasileiro do Ferencváros, foi motivo de celebração. Horas depois de ver a equipe pela qual joga cair na mesma chave dos poderosos Barcelona e Juventus de Lionel Messi e Cristano Ronaldo, respectivamente, o atleta de 32 anos conversou com o repórter João Vitor Rocha, do Grupo Jovem Pan, e não conseguiu tirar o sorriso do rosto. A entrevista vai ao ar na próxima sexta-feira, às 18h20 (de Brasília), no Futebol na Gringa.

“Se eu te falar que estava torcendo para sair esse grupo aí… E sofri um pouquinho, né? Nós saímos na última bola”, lembrou Isael. “Eu queria isso! Até falei para a minha esposa que era nesse grupo que a gente tinha que cair, porque o meu filho, Dudu, é muito fã do Messi e do Cristiano. Quando a gente foi sorteado, minha esposa até me filmou comemorando abraçado com ele. Até o ano passado, nós estávamos vendo de ir à Espanha ou à Itália para tentar ver um dos dois, mas não conseguimos. E, agora, ele tem a chance de ver os dois no estádio. Pô… Estou feliz para caramba, cara!”, acrescentou. A idolatria do pupilo pelos craques será, inclusive, usada pelo brasileiro para tentar levar para casa uma recordação dos duelos com Messi e CR7. “Se eu tiver oportunidade ali no meio do jogo, vou soltar uma letrinha para eles, dizer que o meu filho é muito fã e tentar trocar camisa. Vou usar isso ao meu favor”, brincou.

Além de Juventus e Barcelona, o Dínamo de Kiev também faz parte do G da Champions. Ainda não foram definidas as datas das partidas e nem a ordem dos confrontos, mas é consenso que o Ferencváros é o azarão da chave. Isael sabe que avançar ao mata-mata será uma missão quase impossível, mas não deixa de acreditar. “Pegamos dois times gigantes, que todo ano estão na Champions, mas é como o nosso treinador falou: ‘vocês fizeram por merecer e não estão aqui à toa’. Então, agora, temos que jogar, trabalhar forte, tentar pontuar e, se tivermos oportunidade de nos classificarmos, por que não?”, questionou. “A maior parte do nosso elenco nunca jogou uma Champions, é claro que eles têm mais experiência, mas, dentro de campo, são 11 contra 11. Sabemos que é difícil, mas a gente não veio para passear. Na história do futebol, a gente já viu muitos gigantes perdendo para times menores”, finalizou.

Maior campeão da história do futebol húngaro, com 31 taças, o Ferencváros ganhou as duas últimas edições da liga nacional, mas não chegava à fase de grupos da Champions League desde 1995/96 – na ocasião, ficou na terceira posição de uma chave que ainda contava com Real Madrid, Ajax e Grasshopper. Nas últimas cinco vezes em que havia se classificado ao principal torneio de clubes do mundo, o time de Budapeste caíra ainda na fase preliminar. Ao superar esta barreira, a equipe embolsou 15,25 milhões de euros. Além disto, ganhou a possibilidade de faturar 2,7 milhões de euros por vitória e 900 mil euros por empate nos seis duelos que já estão garantidos na competição, contra Juventus, Barcelona e Dínamo de Kiev.

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