Investigadores latino-americanos virão ao Brasil para aprofundar investigações sobre esquema da Odebrecht

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2017 07h40
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Reprodução/Facebook Odebrecht

Representantes dos Ministérios Públicos de diversos países da América Latina virão ao Brasil na semana que vem, para aprofundar as investigações sobre o esquema de corrupção da construtora Odebrecht.

Os investigadores deverão se reunir, em Brasília, com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

O objetivo do encontro será definir estratégias comuns e facilitar a recuperação do dinheiro desviado pela empreiteira.

Autoridades de pelo menos 14 países foram convidadas para o evento. A procuradoria-geral da Colômbia já confirmou presença.

O país é um dos mais afetados pelos crimes envolvendo a Odebrecht.

As autoridades colombianas investigam se a propina paga pela empresa foi usada para financiar a campanha à reeleição do atual presidente Juan Manoel Santos.

Segundo o procurador-geral da Colômbia, Néstor Martinez, as investigações contra Santos estão avançando. Martínez afirma que, ao longo da semana, a Procuradoria-Geral da Colômbia levantou provas e apresentou indícios ao Conselho Nacional Eleitoral. O órgão será o encarregado de investigar se a propina abasteceu a campanha do presidente Juan Manuel Santos.

Deputados da oposição da Colômbia já pediram que o presidente renuncie ao cargo, caso o recebimento de propina da Odebrecht seja confirmado.

O escândalo da construtora brasileira também atinge o Peru.

As autoridades locais já pediram a prisão do ex-presidente Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, e é acusado de receber 20 milhões de dólares em propina.

O primeiro encontro entre os procuradores em Brasília está agendado para o próximo dia 16, quinta-feira da semana que vem.

As investigações sobre a empreiteira tiveram início em diversos países, depois que a companhia assinou um acordo de leniência firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

No tratado, empresa admitiu ter pagado mais de um bilhão de dólares em propina, a autoridades de pelo menos 12 países.

*Informações do repórter Vitor Brown

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