40% das empresas não têm plano para volta ao trabalho presencial, diz pesquisa

Segundo o estudo, no entanto, 81% das companhias consideram importante ter um planejamento para o retorno dos funcionários 

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2021 08h32 - Atualizado em 09/02/2021 10h12
Pixabay Pessoa mexendo em um notebook. Só dá para ver os braços e as mãos no teclado Ao todo, foram realizadas 438 entrevistas online em todas as regiões do Brasil

Já vai fazer um ano que a quarentena começou a ser adotada em diversos estados brasileiros. Desde então, milhares de pessoas passaram a trabalhar de casa, no chamado home office. Com o início da vacinação, muitas empresas consideram importante ter um plano para a volta presencial dos funcionários. Uma pesquisa da VR Benefícios mostra que 81% das companhias pensam desta forma. Porém, quatro em cada 10 companhias ainda não colocaram isso em prática.

Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, que realizou a pesquisa, as empresas não estão sabendo lidar com a incerteza em relação à gravidade da doença. “Esse ambiente de incerteza meio que fez com que uma parcela dos gestores e dos empresários negassem a gravidade da doença e, com isso, não efetivassem o planejamento sanitário que protegesse a todos”, disse. Entre as medidas de proteção que a maior parte das empresas pretende adotar estão: disponibilizar álcool em gel, distribuir máscara para os funcionários e desinfetar o ambiente de trabalho. Além disso, o funcionário que tiver contato com alguma pessoa infectada vai poder voltar para o home office durante um período.

Na avaliação de Meirelles, esses planejamentos são simples e já poderiam ter sido feitos pelas empresas. No entanto, segundo ele, as decisões dos governantes durante a pandemia acabaram atrapalhando a iniciativa privada. “O que nós vemos na prática é um fecha não fecha, abre não abre que acaba impedindo o reestabelecimento da economia com base em seguranças sanitárias sólidas”, avaliou. Ao todo, foram realizadas 438 entrevistas online em todas as regiões do Brasil. As conversas aconteceram no final de 2020.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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