A um dia da eleição, Reino Unido teme que nenhum partido forme maioria

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 11/12/2019 08h37 - Atualizado em 11/12/2019 09h26
EFE Os últimos levantamentos ainda indicam vantagem de 10% para os conservadores - porém, nas eleições de 2017, eles venceram justamente com essa margem

A campanha eleitoral do Reino Unido vai chegando ao fim. Na quinta-feira (12) os britânicos vão às urnas para eleger a nova composição da Câmara dos Comuns.

A grande expectativa está em torno de saber se os conservadores ou os trabalhistas vai conseguir, finalmente, formar maioria na Casa.

Cada uma dessas frentes políticas levantou uma causa durante a campanha. Os conservadores foram muito firmes na questão do Brexit, que é a principal bandeira de Boris Johnson. Até o último dia o premiê afirma que somente ele pode entregar o divórcio europeu em 31 de janeiro.

Já os trabalhistas, que também falaram sobre Brexit e prometeram um segundo referendo, focaram mais nas questões sociais – sobretudo no SUS britânico. Existe um temor de que, se o plano de Johnson for levado adiante, o NHS pode acabar sendo privatizado.

Por fim os liberais-democratas insistiram na questão de cortar, de uma vez por todas, essa história de separar o Reino Unido da União Europeia. Eles propõem revogar o artigo 50 do Tratado de Lisboa e voltar tudo como era.

Apesar da proposta, é muito difícil que a terceira-força consiga uma votação expressiva na Câmara. Todavia, ainda é complicado prever qualquer coisa nas eleições.

Os últimos levantamentos ainda indicam vantagem de 10% para os conservadores – porém, nas eleições de 2017, eles venceram justamente com essa margem e não conseguiram votar maioria.

Esse tipo de situação é delicada porque o país se torna, praticamente, ingovernável. Os britânicos temem que, se nenhum partido formar maioria, não apenas o Brexit será prorrogado mais uma vez como questões da vida prática podem ser afetadas.

 

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