Ações da Taurus despencam após governo zerar tarifa de importação de armas

Fabricante disse que, ainda assim, o impacto da resolução não causará efeito significativo em suas operações

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2020 06h16
Raphael Alves/ TJAM Raphael Alves/ TJAM Hoje, na bolsa, a Taurus recuou 9,7% com ações negociadas a R$ 16,30

A Taurus, maior empresa do mercado de armas do Brasil, se posicionou, nesta quarta-feira, 9, de modo contrário à decisão do governo federal de zerar a alíquota de importação de pistolas e revólveres. A medida passa a valer a partir de janeiro de 2021. A empresa está no mercado financeiro e a decisão governamental refletiu no valor das ações. Hoje, na bolsa, a Taurus recuou 9,7% com ações negociadas a R$ 16,30. Essa queda acontece depois de, ao longo deste ano, seus papeis subirem cerca de 200%. Em nota, a empresa se pronunciou criticando a alíquota zero e disse que vai priorizar investimentos fora do Brasil. O texto afirmou que, assim, os brasileiros terão que importar armas fabricadas pela empresa no exterior em vez de adquiri-las no país.

A Taurus também disse que a medida do governo afeta a criação de empregos e a arrecadação de impostos no Brasil, priorizando as fábricas dos Estados Unidos e da Índia. Ainda assim, a fabricante disse que o impacto da resolução não causará efeito significativo em suas operações, pois o mercado doméstico é inferior a 15% de suas vendas, cujas margens são inferiores às das exportações. A decisão do presidente Jair Bolsonaro foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira e a iniciativa foi aprovada em reunião extraordinária da Câmara de Comércio Exterior, ligada ao Ministério da Economia. A alíquota para importar pistolas e revólveres é, atualmente, de 20% do valor do produto. A isenção passa a valer a partir de janeiro de 2021.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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