‘Tanto faz a origem, vacina precisa ser eficaz e segura’, diz Augusto Nunes

‘O que não pode acontecer é atraso por motivos políticos’, afirmou o comentarista; segundo o ministro da Saúde, vacinação contra a Covid-19 pode acontecer ainda em dezembro

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2020 20h30
EFE/EPA/WU HONG Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem entrado em embates com o governo federal por causa da CoronaVac

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 9, que a vacinação contra a Covid-19 pode começar no Brasil ainda no mês de dezembro, ou no início de janeiro de 2021, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo informações do portal G1, o ministro Eduardo Pazuello disse que isso dependeria, porém, da empresa conseguir “adiantar” uma entrega de doses. De acordo com o comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o que “não pode acontecer” é atraso na vacina “por motivos políticos”. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem entrado em embates com o governo federal por causa da CoronaVac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

“O Brasil deve se comportar sem excesso de pressa e demora excessiva. Você verifica e, no prazo mais curto possível que conseguir dizer se uma vacina é eficaz, deve aplicar. […] O Brasil é muito eficiente nessa área da ciência médica, então deve procurar o caminho do meio. Ver a eficácia e, em seguida, começar a aplicação. A origem da vacina tanto faz, desde que seja eficaz e atenda as exigências das autoridades da área sanitária. É preciso segurar esse viés político. Já que há uma alta de casos, não tem porque esperar”, disse Augusto, ressaltando que não acha que o Reino Unido se precipitou ao começar a aplicação do imunizante da Pfizer nesta terça-feira, 8.

Augusto também criticou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) fazendo diversos pedidos referentes à aquisição e distribuição de vacinas contra a Covid-19. Dentre as solicitações, está a de que imunizantes registrados em “renomadas agências de regulação no exterior” sejam adquiridos pelo Brasil. “O que a OAB tem a ver com isso? Nada”, disse o comentarista. Para ele, o órgão deveria estar opinando em assuntos como os votos favoráveis de ministros da Corte pela reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. “Essa entidade só fala sobre o que não deve”, completou Augusto. A também comentarista Ana Paula Henkel concordou. “OAB mostrou mais uma vez que virou um braço político, que não é preocupada com as leis. Toda vez que o STF atropela nossa Constituição, não vemos a OAB se manifestando. É um braço político e de ativismo, eles empurram pautas que não são pertinentes à instituição”, acrescentou.

Assista ao programa na íntegra:

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