Advogado de Gabriel Monteiro diz que vai deixar o caso

Decisão foi do próprio vereador para tentar preservá-lo das recengtes denúncias; Sandro Acácio é ex-policial militar e acusado de participar de uma milícia e de agredir ex-companheiras

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2022 11h37 - Atualizado em 18/04/2022 13h01
REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 07/04/2022 Gabriel Monteiro faz cara de choro e levanta o braço direito (com o antebraço quase todo tatuado) Vereador Gabriel Monteiro (PL)

Sandro Acácio, advogado do vereador Gabriel Monteiro, afirmou em uma entrevista em uma rede social que vai deixar a defesa do parlamentar. Segundo ele, a decisão foi de Monteiro, para preservá-lo de recentes denúncias, entretanto Sandro destacou que vai continuar na equipe do vereador como assessor parlamentar. O advogado é um ex-policial militar que foi expulso da corporação em 2016. Ele é acusado de participar de uma milícia que cobrava de R$ 15 a R$ 30 de moradores da Taquara, na zona oeste do Rio de Janeiro. O inquérito sobre esse caso continua em aberto. Na época, o então policial negou os fatos. Apesar disso a corregedoria concluiu que ele desconsiderou a ética policial militar e que não era capaz de continuar no quadro da corporação. Sandro Acácio afirmou que não chegou a responder na esfera criminal por essa denúncia.

O ex-policial também responde ao inquérito por estelionato e outros dois inquéritos de lesão corporal contra a ex-companheiras. Uma delas disse na delegacia de Taquara que a briga começou em um camarote na Marquês de Sapucaí, no Carnaval de 2020, e que, em seguida, ao chegar em casa, foi agredida e jogada no sofá. Ela afirmou que recebeu socos e teve o cabelo puxado. Outra ex-companheira de Acácio fez um relato semelhante pouco mais de um ano depois na delegacia de atendimento à mulher em Jacarepaguá, também na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela diz que estava tomando banho quando o Sandro Acácio invadiu o banheiro e deu socos, tapas e pontapés. Foi essa mesma mulher que registrou uma ocorrência de estelionato contra o ex-companheiro.

O vereador Gabriel Monteiro (PL) foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no último dia 7, dentro do inquérito sobre o vazamento de um vídeo íntimo de Gabriel fazendo sexo com uma adolescente de 15 anos. A gravação foi compartilhada no Twitter e no WhatsApp. Gabriel Monteiro acusa ex-funcionários de vazamento das imagens. “Independente se você gosta ou não de mim, direita, esquerda, alto ou baixo, Bolsonaro, Lula, Ciro, Moro, pelo amor de Deus, estupro é algo que acaba totalmente com a vida de qualquer pessoa, sou totalmente contra isso. Já me acusaram em 2020, um mês antes, aproximadamente, das eleições. A delegacia da mulher foi ao meu favor, o MP foi ao meu favor, a justiça foi a meu favor, e de novo vem com essa história que eu sou estuprador. E coincidentemente logo após eu bater na máfia no reboque. Eu tenho todas as provas. Eu convoco toda a imprensa nacional, vamos hoje em uma delegacia da Polícia Civil, que eu mostro as provas para o delegado, o que eu não posso é mostrar para a imprensa, mas eu mostro as provas para o delegado e depois vocês entrevistam os o delegado”, disse.

Agentes da delegacia do Recreio dos Bandeirantes saíram para cumprir mandados de busca e apreensão contra Gabriel Monteiro e outras seis pessoas, entre assessores e ex-funcionários dele. Não há mandados de prisão, mas por volta das 8h30 daquele dia o vereador se dirigiu para a delegacia para prestar esclarecimentos. Na casa dele, a polícia apreendeu vários documentos e equipamentos. Gabriel também enfrenta uma representação na Câmara Municipal do Rio de Janeiro por conta do vazamento e de acusações feitas por assessores e ex-funcionários de assédios moral e sexual, agressões e uso indevido de servidores. Ele pode até perder o mandato.

*Com informações do repórter Mateus Koelzer

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.