Após o polêmico programa do PSDB ter ido ao ar na última semana, nomes fortes do partido se mostraram frustrados com a atitude do presidente interino da sigla, Tasso Jereissati, de fazer um mea-culpa dos problemas da política brasileira. Os ministros Antonio Imbassahy, Aloysio Nunes e Bruno Araújo fizeram críticas duras ao vídeo que chamou o Governo de “presidencialismo de cooptação”.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Tasso Jereissati defendeu o programa, que é de sua total responsabilidade, e afirmou que ouviu lideranças do partido antes dele ir ao ar: “o programa é de total responsabilidade minha, mas isso não significa que eu não tenha escutado as lideranças antes dele ir ao ar”.
“Ouvimos lideranças mais representativas do partido em várias instâncias, como por exemplo, o ex-presidente Fernando Henrique [Cardoso]. Já o Aécio Neves, que tenho que ser justo, ele viu, não gostou e reclamou. Ele foi a única liderança que não gostou”, disse Tasso sem citar nomes de outros caciques tucanos que possam ter visto o programa antes de sua aprovação final.
Tasso disse ainda que, “se olhar o programa com cuidado, não há nenhuma razão para tanta celeuma, tanta revolta, porque ele não atinge ninguém diretamente”. Segundo ele, o vídeo não ofende e não agride ninguém e fala apenas em revisão de erros cometidos pelo partido e a “defesa do parlamentarismo contra o presidencialismo de cooptação”.
“Por que tanta raiva de alguns setores? Não há justificativa racional”, finalizou.
Confira a entrevista completa: