AGU notifica secretário de Segurança de SP por publicar fotos de tabletes de maconha com adesivos de Lula

Tijolos da droga prensada apreendidos pela Polícia Militar (PM) continham adesivos com imagens do presidente e o slogan ‘faz o L’

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2023 09h54
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Guilherme Derrite falando na CPI do MST Guilherme Derrite durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

A Advocacia-Geral da União (AGU) pede a remoção de um conteúdo das redes sociais do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que postou uma foto de tijolos de maconha prensada apreendidos pela Polícia Militar (PM) que continham adesivos com imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o slogan “faz o L”. Segundo Derrite, as drogas saíram de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e foram apreendidas na cidade de Euclides da Cunha Paulista, no interior do Estado. Na publicação, o secretário escreveu: “Parabéns aos policiais. Continuamos nosso trabalho para demonstrar que em São Paulo o crime não compensa”. Até o início da tarde desta quinta-feira, 14, a publicação reunia milhares de curtidas e compartilhamentos no Instagram, mas já foi apagada pelo secretário. A bancada petista da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) emitiu uma nota de repúdio à publicação. De acordo com os parlamentares, as imagens são “de cunho político, ideológico e difamatório” e “evidente tentativa de associar uma ação criminosa à imagem do presidente da República”.

A Secretaria de Segurança Pública também se manifestou e afirmou que Derrite faz publicações diárias sobre ocorrências registradas em todo o Estado. Mesmo assim, a AGU solicitou a imediata remoção da postagem, afirmou que a publicação associa a apreensão de drogas ao presidente da República. “A notificação ressalta o caráter político das postagens, que veiculam tabletes da droga com adesivos do presidente e adverte que, em caso de não cumprimento do pedido, a AGU adotará as medidas judiciais cabíveis para reparar o ato e responsabilizar o agente público pela conduta”, afirma o pedido da AGU.

*Com informações da repórter Letícia Miyamoto

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