A Justiça da Alemanha marcou para outubro o julgamento de um paramilitar nazista responsável pela morte de mais de 5200 prisioneiros do campo de concentração de Stutthof, na Polônia.
Bruno D., de 92 foi membro da Waffen-ss, uma organização ligada ao partido nazista, e é acusado de participação em crimes cometidos entre 1944 e 1945. Na época Bruno D. tinha entre 17 e 18 anos e trabalhava como guarda da SS.
O réu reconheceu que viu pessoas sendo levadas para serem executadas em câmaras de gás, mas argumentou que isso não significa que ele seja culpado. Em seu depoimento, Bruno alega que nunca foi nazista e que só foi designado para o posto de guarda do campo de concentração por que tinha problemas cardíacos.
Por conta da saúde frágil e da idade avançada do réu, as sessões são limitadas a três horas por dia. Por isso, o julgamento deve se estender até dezembro. Essa deve ser uma das últimas vezes que um acusado de crimes cometidos durante a vigência do regime nazista comparece a um tribunal.
A estimativa é de que aproximadamente 65 mil pessoas tenham sido mortas no campo de concentração de Stutthoff.
*Com informações do repórter Renan Porto