Alesp não será ‘apenas um carimbador’ se tiver governador alinhado, diz deputada sobre Tarcísio

Segundo Letícia Aguiar, reeleita para mandato de 2023 a 2026, governo Doria aprovava projetos ‘goela abaixo’, sem que houvesse diálogo

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2022 10h51
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Divulgação/Alesp deputada estadual Leticia Aguiar Deputada estadual de São Paulo Leticia Aguiar (PP) é reeleita para o mandato de 2023 a 2026

Nesta quarta-feira, 5, a deputada estadual reeleita Letícia Aguiar (PP-SP) concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para falar sobre a nova composição da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), sem o PSDB no comando do governo estadual após 28 anos. Segundo ela, a expectativa de que o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o governo do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vença a disputa contra Fernando Haddad (PT) é animadora entre os parlamentares bolsonaristas. Ela acredita que um eventual governo de Tarcísio possibilitaria um trabalho mais produtivo entre os poderes Legislativo e Executivo em São Paulo, considerando os tamanhos das bancadas eleitas para os próximos quatro anos. “Ter um governador alinhado às nossas pautas vai fazer com que a Alesp não seja apenas um carimbador. Porque o que estava acontecendo no governo Doria era isso. Mandavam [projetos] goela abaixo, obrigavam a base do governo a votar tudo em favor, sem olhar os projetos. Então, nós tivemos muita dificuldade, porque, cada projeto, a gente tinha que ler, estudar, combater, emendar. Tenho certeza que com Tarcísio nós não vamos ter isso. Vai ser possível diálogo e aprovar coisas que vão fazer, de fato, a diferença no Estado. Nós precisamos estimular mais o Agro e tantos outros setores que foram esquecidos, turismo, desenvolvimento, deixados de lado por palanque político do ex-governador”, afirmou Letícia.

A parlamentar estadual ainda explicou quais dificuldades enfrentou no governo passado apenas por ser apoiadora de Bolsonaro. “No primeiro mandato, fui oposição ao governo do PSDB. Com isso, a gente encontra portas fechadas, dificuldade de realizar um trabalho mais produtivo. E as pautas que as vezes não se correlacionam, não há afinidade. A gente teve muita dificuldade, também pelo fato do ex-governador João Doria ser uma pessoa de difícil relacionamento, era difícil se relacionar com ele, era difícil o entendimento da casa legislativa com o poder Executivo. E eu entendo que essas casas precisam se somar, se integrar, para fazer um bom trabalho. Eu, particularmente, enfrentei esse desafio por ser apoiadora do presidente Jair Bolsonaro desde sempre, por essa briga política que aconteceu dentro da Assembleia Legislativa. Então, entendo que, agora, a gente tendo a oportunidade de eleger um governador alinhado àquilo que nós defendemos, o mandato vai ser muito mais produtivo, a casa legislativa será muito mais produtiva”, avaliou a deputada.

“Em que pese a gente ver que a bancada do PT fez muitos deputados, 18 parlamentares, mas entendo que, somando as outras bancadas, do PL, do PP, Republicanos, haverá força para que o governador Tarcísio possa fazer um bom trabalho durante os próximos quatro anos. E ele tem o meu total apoio”, declarou em seguida. Ela ainda comentou sobre o “apoio incondicional” do atual governador e ex-vice de João Doria, Rodrigo Garcia, a Tarcísio e Bolsonaro no segundo turno das eleições. Segundo a deputada, Garcia é muito diferente de Doria, e o apoio dele não foi recebido como uma surpresa. “O Rodrigo é uma pessoa completamente diferente do Doria. Ele tem o meu respeito. Sempre consegui me comunicar com ele. Ele sabe respeitar o parlamento, diferente de Doria. Não me surpreendeu o apoio dele a Tarcísio e Bolsonaro. Quem quer o bem do Brasil não se alia ao PT de forma alguma”, pontuou.

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