Alexandre Padilha diz que novo bloco na Câmara tem ‘impacto positivo’ para o governo

Em encontro com empresários e lideranças, ministro destacou que os líderes dos dois blocos são parlamentares que ‘defendem o governo’

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2023 10h05 - Atualizado em 15/04/2023 10h06
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TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Alexandre Padilha O ministro das Relações Institucionais também disse que expandir a relação com a China não afeta a relação com os Estados Unidos

O ministro das Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, se reuniu nesta sexta-feira, 14, em São Paulo com empresários brasileiros e norte-americanos para fazer uma avaliação dos 100 primeiros dias do governo Lula. Padilha vai presidir o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado Conselhão. É um espaço de escuta do presidente Lula, que vai ter também diálogos, debates com personalidades da sociedade civil, então banqueiros, empresários e políticos de outros partidos para discutir sustentabilidade, inclusão e diversidade. “É um tema que já tem sido puxado pelo setor privado, essa verdadeira revolução ESG, que trata do tema do meio ambiente, do tema social e da governança. O próprio mercado financeiro assumiu isso como uma agenda muito importante. Isso tem aprimorado a governança e a responsabilidade socioambiental de empresas brasileiras ou empresas internacionais que atuam no Brasil”, afirmou o ministro.

Alexandre Padilha considerou uma boa notícia para a governabilidade de Lula a formação de um segundo superbloco na Câmara dos Deputados, composto por nove partidos e mais de 170 parlamentares. Segundo ele, os impactos serão positivos na tramitação do arcabouço fiscal, prevista para começar ainda esse mês. “Os líderes dos dois blocos são parlamentares que defendem o governo, que fazem parte do governo, que têm quadros indicados no governo, o do PSB, o vice-presidente da república, três ministros, e o outro bloco, liderado por um parlamentar do Podemos, que está presente no governo, dialoga permanentemente. Então, isso é um impacto que tem um impacto positivo para a aprovação do marco fiscal e dos projetos prioritários”, continuou.

Sobre diplomacia, o ministro das Relações Institucionais disse que expandir a relação com a China não afeta a relação com os Estados Unidos, já que essa é uma característica da política externa brasileira. “Eu acho que, de fato, para o mundo dos negócios, para a parceria estratégica das empresas, não é algo que afete. Lógico que a gente sabe que existem disputas, disputas comerciais, disputas em parcerias estratégicas, sobretudo no tema daquilo que para nós é muito importante a parceria com os Estados Unidos, como é também com a China, que é esse debate do setor econômico inovador, da inovação tecnológica. Tem disputas, inclusive, dentro dos países. A gente dialoga, mesmo com os empresários dos Estados Unidos, com temas que envolvem setores, alguns puxam mais para um lado, outros para o outro, no sentido dessa parceria estratégica. Então, tem ambiente de disputas, tem interesses econômicos”, conclui Padilha. Em visita ao país asiático encerrada nesta sexta-feira, Lula discursou contra a predominância do dólar no comércio bilateral entre os emergentes, além de defender o fortalecimento dos BRICs, discurso que contraria os interesses norte-americanos.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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