Aloysio rebate Ciro sobre Venezuela: ‘Vai dar bom dia a cavalo’

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2018 09h16 - Atualizado em 03/08/2018 09h26
Johnny Drum/Jovem Pan Nunes rebateu Ciro e disse que o candidato do PDT fazia parte do "partido da Ditadura" brasileira e por isso não se lembra da "solidariedade internacional"

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), rebateu o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, que o chamou de “banana” ao criticar a política externa brasileira Brasil ante a crise política na Venezuela.  “Ele tem esse tipo de valentia, de insultar as pessoas guardando uma prudente distância física em relação a suas vítimas”, disse o chanceler em entrevistaà Jovem Pan na manhã desta sexta-feira (3).

“Ciro confunde veemência com agressividade e fala pelos cotovelos sobre coisas as quais ele não entende”, continuou o ministro. “Ele é inteligente, preparado em muitas coisas, mas, em relação à política externa, não entende do que está falando. Fala demais. Vai acabar dando bom dia para cavalo.”

O ministro afirmou que o Brasil se esforça pelo diálogo com o país vizinho e ponderou: “Até o Papa tentou a mediação e não conseguiu”.

“Nossa posição é que nós preconizamos em todas as instâncias que dialogamos uma saída dialogada, democrática”, disse Nunes. “Quem tem que resolver essas coisas são os venezuelanos”,  afirmou.

“O Ciro não lembra disso porque, nessa época, ele estava militando no partido da Ditadura, na Arena. Ele não tem a memória desse fato”, alfinetou Aloysio.

Apesar de defender uma “saída democrática e dialogada”, o ministro reforçou o apoio institucional brasileiro à oposição que enfrenta a ditadura de Nicolás Maduro. “Somos contra qualquer tipo de interferência externa”, disse. “Agora, a solidariedade internacional para quem está lutando contra uma ditadura é importante”, afirmou. “Foi assim no Brasil.”

“É importante que haja uma solidariedade internacional e nós fazemos . Agora, nós não queremos interferir na Venezuela. Há um nível de diálogo que estamos procurando com o governo em termos que interessam ao Brasil e à Venezuela, aos povos”, concluiu o ministro, citando questões de saúde pública e combate ao tráfico de drogas.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.