Alunos reclamam de más condições e denunciam demora para receber diploma na Anhembi-Morumbi
Número de denúncias por falta de entrega de documentos escolares quase triplicou entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022
Cerca de 120 alunos da Universidade Anhembi Morumbi estão com problemas para ter acesso ao diploma. Eles não conseguem fazer associações, resolver esse tipo de problema e estão recebendo cobranças indevidas. “Só para registrar, três meses depois, a polícia está lá na frente, estou indo fazer um BO porque esta faculdade não me entrega meu certificado e conclusão. É só isso que eu quero e já está pago há três meses”, diz uma aluna. Na prática, eles não estão tendo uma resposta da instituição, que foi vendida no ano passado. Segundo as denúncias, desde o fim do ano passado, houve um sucateamento e uma piora em diversos serviços da faculdade. Segundo levantamento do Procon, feito com exclusividade para a Jovem Pan News, no segundo semestre do ano passado, foram 33 denúncias de não entrega de diplomas e outros documentos escolares. No primeiro semestre de 2022, o número quase triplicou, saltando para 92 denúncias.
A advogada Cleide Tavares diz que os alunos podem entrar com uma ação judicial contra a Universidade Anhembi Morumbi. “Uma vez que eles já fizeram essa requisição e a universidade não atendeu ao pedido deles, o caminho seria ingressar com uma ação judicial. Seria uma ação de obrigação de fazer, para que a universidade emita os diplomas, e o juíz fixará um prazo para que a universidade cumpra isso sob pena de pagamento de multa”, diz a advogada. A holding mineira Ânima Educação, divulgou um comunicado para todos os acionistas a aquisição de todos os ativos o grupo Laureatte, que controla as universidades Anhembi Morumbi e FMU em São Paulo. Em outubro, a Ânima arrematou os ativos por quase R$ 4,5 bilhões. O montante que ainda está pendente em atualização pelo grupo engloba o valor da Laureatte (R$ 3,8 bilhões) , uma dívida líquida de R$ 623 milhões, além de futuros no valor de R$ 203 milhões. “Estou aqui esperando meu certificado e não tem horário para me dar a informação e nem a conclusão de que vai ou não me entregar esse certificado”, diz outra estudante.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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